Corretora vê mercado menos otimista em fevereiro com resultados corporativos

No mês passado, observou-se um ajuste nas projeções do mercado para lucro por ação e Ebitda dentre as empresas do IBrX-100

Bruna Marques Cortez

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SÃO PAULO – Depois de assumir um viés mais otimista em janeiro, as projeções do mercado para os resultados das empresas brasileiras diminuiu um pouco no mês passado, conforme avalia a equipe de research da Itaú Corretora.

Segundo os analistas Carlos Constantini, Marcelo Brisac, Cida Souza e Susana Salaru, a maioria dos setores registrou contrações nas expectativas no decorrer de fevereiro, com destaque para os setores de tecnologia de informação e saúde, que viram as projeções média para o Ebitda recuarem 3,5% e 0,6%, respectivamente.

Na contramão, o Itaú observou que as projeções para a geração operacional de caixa das empresas de consumo de bens duráveis (0,5%) e indústria (0,2%) avançaram no mês passado.

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Considerando as empresas listadas no IBX-100, pode ser notada praticamente uma divisão entre as companhias cujas projeções para o Ebtida recuaram (40%) e aquelas em que as estimativas para o indicador foram elevadas (39%).

Lucro por ação
Avaliando as perspectivas de ganhos por papel, 48% das empresas listadas no IBX-100 tiveram suas projeções elevadas, enquanto outros 42% viram as projeções para o lucro por ação recua.

Histórico
De acordo com os analistas da Itaú Corretora, desde o pico do mercado de estimativas de resultados, em maio de 2008, as projeções de lucro por ação e Ebitda do Índice Bovespa recuaram 30% e 24%, porém, o índice se encontra em patamar apenas 2% inferior ao visto à época.

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Neste período, os setores da indústria e de  bens de consumo duráveis foram os que conseguiram registrar as maiores expansões nas expectativas incorporadas aos múltiplos destes papéis. Na outra ponta, o setor de utilities registrou a maior contração no período.