Via Varejo salta 8% com “transformação digital”; Petrobras e Eletrobras caem mais de 1% de olho nas eleições

Confira os destaques do mercado na sessão desta quinta-feira (13)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O Ibovespa chegou a abrir em alta repercutindo o cenário externo, mas virou para queda e fechou em baixa diante de um mercado bastante apreensivo com o cenário eleitoral, enquanto o dólar fechou a R$ 4,19, na máxima histórica. No intraday, a moeda superou os R$ 4,20. Os investidores temem que o candidato do PT, Fernando Haddad, comece a ganhar força nas próximas pesquisas, o que aumenta a importância das pesquisas da XP e Datafolha que serão divulgadas amanhã.

Com isso, papéis de empresas estatais, caso de Petrobras (PETR3;PETR4) e Eletrobras (ELET3;ELET6), registraram queda, enquanto o grande destaque do Ibovespa ficou com a Via Varejo (VVAR11), que saltou 10%. 

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Via Varejo (VVAR11)

A novidade foi considerada “a primeira vez em muito tempo que a Via Varejo dá um passo à frente do Magazine Luiza” por analistas do Brasil Plural. 

Veja mais em: Via Varejo conclui transformação digital que deve ser uma “paulada” no setor

Petrobras (PETR3; PETR4)

As ações da Petrobras abriram em alta com o ânimo no exterior, mas fecharam em queda de olho na tensão eleitoral e no petróleo, com o WTI registrando baixa de cerca de 2% e o brent em queda de 1,7% em meio à preocupação de que a crise nos países emergentes e as disputas comerciais possam deter a demanda apesar da oferta também estar mais apertada. 

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No radar da companhia, ela foi notificada de demanda arbitral na Argentina. A entidade Consumidores Financieros Asociación Civil para su Defensa alega a responsabilidade da Petrobras por uma suposta perda de valor de mercado das ações da Petrobras na Argentina devido aos processos relacionados à Operação Lava Jato.

“A Petrobras considera que o pedido é improcedente em sua totalidade e apresentará defesa solicitando o indeferimento total da reclamação e o ressarcimento pelos custos incorridos em sua defesa”, respondeu a empresa em comunicado. 

“Vale ressaltar que as autoridades brasileiras, inclusive o Supremo Tribunal Federal, reconhecem que a Petrobras tem sido vítima dos atos revelados pela Operação Lava Jato. Na condição de vítima, a companhia já recuperou cerca de R$ 2,5 bilhões e continuará buscando todas as medidas cabíveis contra as empresas e indivíduos que lhe causaram prejuízos”, acrescentou.

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Fibria (FIBR3) e Suzano (SUZB3)

Segundo o Valor Econômico, a AGE (assembleia geral extraordinária) da Fibria aprovou na manhã desta quinta-feira, por maioria, os termos da operação que resultará na fusão da companhia e da Suzano Papel e Celulose. O resultado já era esperado, uma vez que os controladores da companhia, que detêm mais de 58% das ações, estavam comprometidos com a aprovação do negócio.

Vale (VALE5) e Bradespar (BRAP4)
As ações da Vale tiveram leve alta em um dia de ganhos para o minério, com a commodity à vista negociada no porto de Qingdao em alta de 1,7%, a US$ 69,25 em meio às notícias sobre uma possível volta às negociações entre EUA e China. 

Já sobre a Bradespar, a Litel Participações informou que o prazo para cumprimento de decisão judicial que determina o depósito de cerca de R$ 4,5 bilhões para a Elétron foi prorrogado para 1º de outubro e que nenhum acordo foi fechado até o momento. A negociação é referente a uma disputa em que a Elétron, do empresário Daniel Dantas, demanda a indenização da Litel – que reúne participações de fundos de pensão na Vale – e da Bradespar

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A Litel disse que o adiamento do prazo para cumprimento da ordem judicial tem o objetivo de dar continuidade às negociações em andamento e “discutir a melhor forma de cumprimento da decisão judicial”.

JBS (JBSS3)

A JBS concluiu o pagamento antecipado de parcelas de R$ 2 bilhões de dívidas com bancos brasileiros que venceriam em 2019 e 2020. “Essa antecipação reflete a estratégia da companhia em reduzir seu endividamento e melhorar o perfil de sua dívida”, disse a empresa sem nomear os bancos envolvidos. Em meados do ano passado, a JBS fechou acordos com vários bancos para estabilizar por 12 meses cerca de R$ 20,5 bilhões em dívidas.

Para os analistas do BTG Pactual, a notícia deve ser bem recebida pelo mercado. “É mais um indicador de maior disciplina na alocação de capital, e redução de alavancagem é bem-vinda (principalmente nesse setor), onde as empresas direcionavam grande parte da geração de caixa para o pagamento de credores”, afirma Thiago Faganello, do BTG. 

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BRF (BRFS3)

O Ministério Público Federal do Paraná quer discutir um acordo de leniência com a BRF e laboratórios investigados por alegadas irregularidades em controles sanitários dentro da operação Trapaça, da Polícia Federal, disse à Reuters a procuradora Lyana Helena Joppert Kalluf.

Minerva (BEEF3)

A Minerva informa que maior capital de giro e câmbio atrasaram desalavancagem. O nível de alavancagem atingiu o limite máximo aceitável pela companhia quando bateu 5 vezes, na relação calculada entre a dívida líquida e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), durante o segundo trimestre, segundo o diretor-presidente, Fernando Galletti de Queiroz.

O diretor financeiro da companhia, Edison Ticle, explicou que dois dos motivos que levaram ao aumento da alavancagem foram o elevado nível de investimento em capital de giro nas unidades da JBS Mercosul que foram compradas pela Minerva na Argentina, e a valorização do dólar ante o real, que inflou as dívidas em moeda estrangeira. 

A Minerva propôs nesta semana o aumento de capital de até R$ 1,059 bilhão, que prevê a subscrição de até 165 mil ações com preço de R$ 6,42 cada e os acionistas que participarem da operação receberão bônus que darão o direito de subscrever uma ação adicional. 

B3 (B3SA3)

O Carf adiou julgamento no qual a B3 é autuada no valor de R$ 2,5 bilhões devido à amortização fiscal de ágio em 2010 e 2011, segundo o Valor Econômico. Este ágio, consequência da incorporação da Bovespa Holding em 2008, gerou um benefício fiscal que, na visão do Carf, deveria ter sido descartado. Em seu Formulário de Referência, a companhia avalia a probabilidade de perda neste caso como “Remota” e declara não ter provisionado nenhum valor para esta eventualidade.

Oi (OIBR4) e Vivo (VIVT4

Oi, Claro e Vivo foram multadas em R$ 9,3 milhões cada uma por infração ao Código de Defesa do Consumido, na maior multa já aplicada na história do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), órgão da Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça.

Segundo o órgão, as empresas venderam irregularmente aplicativos de jogos, horóscopo, notícias sobre time de futebol, cursos de idioma ou backup de arquivos, entre outros. Outro problema constatado foi a oferta de serviços e produtos diferentes do que foi entregue ao consumidor e cobrança de serviços e produtos não solicitados.

Brasil Pharma (BPHA3)

A Brasil Pharma adiou a divulgação do resultado primeiro trimestral para 4 de outubro. Segundo informações do Valor Econômico, a empresa deve vender a rede Farmais, único ativo que resta.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.