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SÃO PAULO – Mesmo sedo rejeitada pela Portugal Telecom, a proposta de aquisição dos 50% da Vivo (VIVO4) feita pela Telefónica é positiva para a companhia de telefonia móvel brasileira. Na opinião de Maria Tereza Azevedo, analista da Link Investimentos, a oferta deixa claro a importância da Vivo para os dois players europeus.
“No primeiro trimestre deste ano, o Brasil respondeu por 51% do faturamento da Portugal Telecom, que chegou a € 1,7 bilhões. Para a Telefónica, com a crise na Espanha, a operação brasileira é hoje o principal driver de crescimento do grupo”, explica a analista.
Para Maria Tereza, a rejeição da PT também deve alterar o próprio valuation da Vivo, uma vez que enfatiza a importância de sua atuação, e, portanto, é vista como positiva para a companhia brasileira.
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Segundo a analista da Spinelli Corretora, Kelly Trentin, a não aceitação da proposta torna o valor ofertado pela Telefónica (€ 5,7 bilhões por 50% das ações controladoras) um piso de valor para a empresa brasileira e, por isso, a tendência é que os papéis continuem em alta neste pregão.
Por volta de 11h45, as ações da VIVO3 disparavam 31,26% ante o fechamento cotadas a R$ 57,10, enquanto os papéis VIVO4 subiam 7,45%, aos R$ 48,89 cada.
A Link projeta um preço-alvo de R$ 60,00 para VIVO3 (com recomendação de market perform) e de R$ 57,00 para VIVO4 (underperform).
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Valor
Na opinião dos analistas André Baggio, Rajneesh Jhawar e Anna Daher, do J.P. Morgan, o prêmio embutido na proposta rejeitada já mostra o apetite da Telefónica pelos ativos.
“O rico prêmio de € 3,3 bilhões a mais que o valor de mercado da fatia de 30% da Portugal Telecom na Vivo sugere que a Telefónica assumiu em seus cálculos os benefícios significantes de uma futura consolidação no mercado de telecomunicação no Brasil”, comentam.
Eles também acreditam que a notícia pode ser positiva para a Vivo, dado o prêmio oferecido, assim como para a Telesp e a TIM (TCSL4) está mais desejosa por consolidar suas operações de móvel e fixo.
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“Nós achamos os ativos da Vivo ‘atraentes’ até mesmo sem o potencial de transação, devido a sua geração de caixa sólida. Acreditamos que a transação, se for concretizada, vai adicionar forças ao potencial de valorização do papel.
O J.P. Morgan estima um upside de 40% para o final do ano, uma vez que seu preço-alvo este atualmente em US$ 36,00.
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