Publicidade
SÃO PAULO – Impulsionadas pelo bom humor instaurado nos mercados, as cotações de petróleo fecharam esta terça-feira (13) com fortes altas tanto em Londres quanto nos EUA. Resultados corporativos melhores que o esperado e boas perspectivas acerca do teste de estresse feito em bancos alemães garantiram o otimismo dos investidores, que também avaliaram projeções para a demanda da commodity em 2011.
Em Londres, a cotação do barril do petróleo Brent terminou o dia por volta de US$ 76,70, indicando uma alta em torno de 3,3%. Já em Nova York, o contrato de petróleo mais líquido, com vencimento em agosto, apresentou variação positiva na casa dos 3%, fechando na faixa dos US$ 77,20.
Desaceleração na demanda
Em sua primeira previsão para 2011, a AIE (Agência Internacional de Energia) afirmou esperar um crescimento de 1,6% da demanda em no ano que vem, ou 1,3 milhão de barris de petróleo por dia. O incremento é menor que o aguardado para este ano, quando as estimativas dão conta de um consumo 2,1% maior.
Continua depois da publicidade
Apesar de ser menor que a previsão deste ano, as projeções da AIE ficam em linha com a elevação média de 1,7% vista anualmente de 2000 a 2007. Contudo, o menor consumo de petróleo indica uma possível queda nas cotações do barril – ao final de 2011, a agência espera ver um preço em torno de US$ 79,40.
Referências do dia
Mesmo com as projeções da AIE indicando uma desaceleração no consumo mundial de petróleo, os investidores deram mais importância aos eventos do dia, como os recentes resultados corporativos apresentados. A Alcoa superou as estimativas ao relatar um lucro líquido de US$ 136 milhões no segundo trimestre desse ano. No mesmo período, a sul-coreana Posco obteve um lucro 11 vezes maior que o visto no ano passado.
Na agenda norte-americana, a balança comercial apresentou déficit de US$ 42,3 bilhões em maio, maior que o previsto por analistas. Contudo, o Tesouro norte-americano divulgou durante a tarde que o orçamento do governo teve um resultado deficitário em US$ 68,4 bilhões em junho, desempenho melhor do que os US$ 70 bilhões negativos esperados pelos mercados.
Continua depois da publicidade
Já na Europa, a revisão negativa do rating português pela agência de classificação de risco Moody’s também pareceu ter passado desapercebida, com os investidores dando mais atenção às perspectivas favoráveis acerca do desempenho dos bancos alemães nos testes de estresse.