Brookfield confirma que avalia fechamento de capital; ação dispara 14,5%

Incorporadora estuda, juntamente, uma capitalização da companhia através de emissão de novas ações; conclusão da análise sairá em 3 meses

Paula Barra

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SÃO PAULO – A Brookfield (BISA3) informou, por meio de comunicado ao mercado, que avalia realizar uma oferta pública de aquisição de ações para fins de cancelamento, confirmando a informação antecipada pelo InfoMoney na última quinta-feira. O anúncio puxa forte alta das ações.

Às 11h04 (horário de Brasília), os papéis da companhia registravam valorização de 8,06%, a R$ 1,34, depois de atingiram ganhos de 14,52% na máxima do dia, sendo cotados a R$ 1,42. O volume financeiro alcançava R$ 12,277 milhões, bem próximo a média diária dos últimos 21 pregões, de R$ 13,137 milhões. O número de negócios era de 1.947, ultrapassando a média (de 1.242). 

A incorporadora estuda, juntamente, uma capitalização da companhia através de emissão de novas ações. A conclusão do processo de análise e avaliação deverá sair dentro do prazo não superior a 120 dias a contar desta segunda-feira, 27. 

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Em relatório, o Credit Suisse avaliou a notícia como mista, considerando que o papel encontra-se atualmente bem descontado, especialmente pela perspectiva de risco no seu processo de reestruturação. Os analistas apontaram que a proposta pode ser benéfica para os atuais acionistas, mas pode trazer grande diluição para os minoritários que não seguirem a oferta. 

Diante do exposto, a empresa disse que manterá seus acionistas e o mercado informado prontamente após o recebimento de qualquer comunicação a respeito da decisão de sua acionista controladora BRB.

Conforme fontes anteciparam ao InfoMoney na semana passada, a deslistagem da empresa na bolsa faria sentido, uma vez que, atualmente, os papéis da incorporadora são negociados a 0,25 vez seu patrimônio líquido e a controladora pode ter visto uma “oportunidade” na ação. Segundo disse um operador na ocasião, a empresa não vive uma boa fase e é uma das mais endividadas do setor na Bovespa. “Não faria sentido mantê-la com capital aberto nessa situação”, comentou. No pregão da última quinta-feira, as ações fecharam em alta de 18,92%, a R$ 1,32.