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TÓQUIO – As ações asiáticas se recuperaram de maneira cautelosa das mínimas de duas semanas nesta quinta-feira, mas os ganhos foram limitados depois que dados decepcionantes sobre as vendas no varejo e a produção industrial ressaltaram as precupações de investidores sobre uma desaceleração na China.
O impasse na Ucrânia e uma forte queda nos preços do cobre nas últimas semanas também assustaram os investidores, embora o fechamento estável de Wall Street e alguns dados positivos na Austrália e no Japão tenham ajudado a suavizar os impactos.
Às 7h34 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão avançava 0,4 por cento, recuperando parte das perdas do dia anterior, com os mercados australianos subindo apoiados em fortes dados locais de emprego.
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Mas os fracos dados chineses afetaram muitos mercados, com o japonês Nikkei perdendo 0,10 por cento, apagando os ganhos conseguidos depois que as encomendas de maquinários no Japão superaram as expectativas.
A economia da China teve uma forte desaceleração nos dois primeiros meses do ano, com o crescimento do investimento, das vendas no varejo e da produção industrial caindo para mínimas de vários anos, uma performance surpreendentemente fraca que levanta o espectro de um enfraquecimento mais forte.
Os dados mais fracos do que o esperado devem amplificar as preocupações dos investidores globais sobre o crescimento da segunda maior economia do mundo, e muito provavelmente alimentarão as especulações de que Pequim pode afrouxar as políticas em breve para impulsionar o crescimento.
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A produção industrial da China cresceu 8,6 por cento nos dois primeiros meses de 2014 ante o ano anterior, informou nesta quinta-feira a Agência Nacional de Estatísticas, comparado a uma expectativa do mercado de alta de 9,5 por cento.
Essa foi a pior performance para a expansão da produção industrial da China desde abril de 2009.
Já o crescimento das vendas no varejo foi o mais lento em três anos ao atingir 11,8 por cento em janeiro e fevereiro na comparação com o mesmo período do ano anterior. Analistas esperavam alta de 13,5 por cento.
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O investimento em ativo fixo, um importante motor da atividade econômica, foi ainda pior. Ele subiu 17,9 por cento nos dois primeiros meses ante o mesmo período do ano passado, nível que não era visto em 11 anos e ante expectativa de aumento de 19,4 por cento.
A agência de estatísticas divulgou dados combinados para janeiro e fevereiro em uma tentativa de reduzir as distorções vistas em números de apenas um mês devido ao feriado de Ano Novo Lunar.