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BRASÍLIA – O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) retoma na próxima quarta-feira o julgamento do caso da suspeita de cartel no mercado de cimento, mais de quatro meses depois do pedido de vista do conselheiro Márcio de Oliveira Júnior.
Em janeiro, o voto do relator do caso, conselheiro Alessandro Octaviani, previu multa recorde de mais de 3 bilhões de reais contra as maiores cimenteiras do Brasil, bem como determinou a venda de ativos para estimular novos concorrentes.
Na ocasião, o conselheiro Oliveira Júnior pediu vista, mas os outros três conselheiros então votantes anteciparam suas decisões concordando com a condenação do grupo de empresas formado por Votorantim Cimentos, Holcim, Cimpor e InterCement (do grupo Camargo Corrêa), Itabira Agro Industrial e Companhia de Cimentos Itambé.
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Mesmo assim, ainda não há decisão final, já que as manifestações de voto podem mudar quando Oliveira Júnior trouxer, na próxima quarta-feira, seu voto-vista ao plenário do Conselho.
Desde o pedido de vista do conselheiro o mercado mundial de cimentos foi agitado pelo anúncio da fusão entre as europeias Holcim e Lafarge.
As empresas anunciaram o acordo no início de abril, em uma operação que criará um grupo avaliado em cerca de 60 bilhões de dólares e que no Brasil formará a terceira maior produtora de cimento do país.