Spinelli aponta indícios pelos quais o mercado desaprovou relatório de reservas da OGX

Corretora avalia que medidas de parâmetro utilizadas pela auditora independente causou discrepância nos números apresentados

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – A reação do mercado à divulgação do relatório de reavaliação de recursos da OGX (OGXP3) foi exagerada, de acordo com a corretora Spinelli, que afirmou que a divergência em relação às expectativas da petrolífera não altera a sua opinião para o futuro da empresa.

Cabe destacar que, após a divulgação do relatório pela OGX, as ações da companhia caíram 17,3% na última segunda-feira, liderando disparadamente os ganhos do Ibovespa naquele dia. Apesar disso, os papéis se ajustaram à forte perda e fecharam em alta de 4,86% no pregão desta terça-feira (19). 

Vetores negativos
De acordo com Max Bueno, analista da corretora, as visões negativas do mercado sobre o relatório da OGX decorrem da discrepância entre as estimativas apontadas pela auditora independente DeGolyer & McNaughton. Conforme a entidade, a OGX possui recursos totais de 6,6 bilhões de barris de óleo equivalentes na “melhor estimativa” e de 10,8 bilhões de boe na estimativa “alta”.  

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Segundo Bueno, a data corte do relatório foi um dos pontos que motivaram esta discrepância. O analista ressaltou que ela desconsiderou 14 poços perfurados em 2011. Além disso, para Bueno, as premissas mais conservadoras adotadas pela auditora independente também geraram discórdia nos números, como a taxa de recuperação baixa para os recursos contigentes, considerada baixa.

Por fim, o analista da Spinelli menciona que também contribuiu para esta discrepância a criação da categoria de recursos de delineação que levam em consideração o limite geológico das estruturas encontradas, ante recursos contigentes que consideram à distância do poço, independente da não ocorrência de barreiras geológicas evidenciadas pela sísmica.

Revisões
Mesmo assim, o analista avalia que o relatório da OGX foi exacerbado pela revisão para baixo do preço-alvo e da recomendação por parte de algumas instituições, como Morgan Stanley, BTG Pactual e Citi. A Spinelli, porém, não mudou a opinião a respeito da empresa, e ainda recomenda a compra das ações, com um preço-alvo em revisão, assim como o Ágora.

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