Sagaz, da Votorantim Corretora, quer ser um portal de investimentos

Mais do que oferecer uma plataforma para comprar e vender ações, pretende oferecer renda fixa, commodities e fundos

Tainara Machado

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SÃO PAULO – O Sagaz, da Votorantim Corretora, não contenta-se apenas em ser e oferecer serviços de um homebroker tradicional. “A ideia é transformar um site de compra e venda de ações em um portal de investimento”, declarou Ricardo Braga, gerente-geral da Votorantim Corretora.

Atualmente, a Votorantim Corretora encaixa-se no conceito de full broker por oferecer uma gama de serviços e atuar em diversas frentes, desde estruturação de IPOs (Oferta Pública Inicial) até operações com derivativos e commodities, via mesa. Para ajudar os clientes a tomar decisões, a corretora tem ainda uma área própria de pesquisa, com um departamento de macro e outro de microeconomia.

Mas o que o Sagaz pretende é capturar essas possibilidades e disponibilizar diversas opções de investimento para os investidores individuais em uma única plataforma. Pelo homebroker, será possível comprar derivativos de ações e da BM&F, CDBs (Certificados de Depósito Bancários) e títulos públicos.

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Mais opções
“O investidor quer comprar renda fixa, ações, fundos, commodities. O mercado está crescendo e achamos que as corretoras têm que acompanhá-lo”, complementou Braga. Dentre as novas iniciativas estão investimentos em mobilidade da plataforma, com aplicativos para utilização do Sagaz disponíveis para iPad, iPhone, BlackBerry e Android, além da estruturação de um fundo próprio para o homebroker.

Ainda sem nome definido, o fundo de investimento em cotas deve ser lançado no segundo semestre de 2011, com aplicação em títulos públicos. A vantagem em relação a uma aplicação no Tesouro Direto é o teto, que para o programa do governo é de R$ 400 mil.

“Queremos apresentar um portfólio completo para o investidor”. Para o gerente-geral da Votorantim Corretora, existe uma classe de investidores que fica desassistida, pois quer produtos com retorno e perfil de risco mais agressivo do que a poupança, mas não se enquadra no segmento private dos grandes bancos.

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Para estes indivíduos, a corretora quer oferecer produtos com retornos mais atrativos do que a média do mercado. Ao vender um CDB, por exemplo, dentro do Sagaz, é possível diminuir custos e assim aumentar a taxa de rendimento para o investidor. Ao mesmo tempo, lembra Flávio Guarino, supervisor de Canais Eletrônicos da corretora, a existência de uma instituição financeira sólida por detrás do home broker, a Votorantim, traz garantias para esse investidor.

Corretagem inteligente
Para cumprir a estratégia e incentivar os clientes menores, Guarino destaca ainda o sistema inteligente de corretagem adotado pela corretora. O objetivo é sempre entregar a menor corretagem possível abaixo de R$ 15,00. Ou seja, para operações de menor porte, é utilizada a tabela Bovespa com desconto de 50%. 

Quando as operações forem mais volumosas, o cálculo automático mostra que é mais atrativo pagar o valor fixo de R$ 15,00. Para Braga. existem corretoras que preferem entrar no mercado como uma estratégia de marketing baseada em preços menores. Em sua visão, no entanto, isto não é sustentável. “A conta não fecha entre o preço que está sendo oferecido atualmente e o tamanho do mercado”, disse. 

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O gerente vê duas opções: ou o mercado decuplica de tamanho ou será necessário que haja “conversão” das taxas de corretagem para a realidade”. Braga ainda complementa: “não adianta ter o melhor preço se o serviço não é bom, e não dá para prestar um bom serviço de graça”.