Apesar dos fortes indicadores nos EUA, risco-País registra alta de 1 ponto

Mercado também esteve de olho no noticiário europeu, uma vez que o FMI aprovou novo pacote de financiamento à Grécia

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O indicador de risco-País registrou alta de 1 ponto-base, atingindo 164 pontos nesta quinta-feira (15). O mercado esteve de olho nos fortes indicadores econômicos norte-americanos e no noticiário europeu, uma vez que o conselho executivo do FMI (Fundo Monetário Internacional) aprovou um novo pacote de financiamento para a Grécia, no valor de € 28 bilhões. 

Além disso, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s manteve a nota de crédito CCC, ou default seletivo, para a Grécia, mesmo após o acordo da troca da dívida. 

Agenda positiva nos EUA
O bom humor nas bolsas externas foi sustentado pela divulgação de números positivos sobre a economia dos Estados Unidos. Por lá, o Initial Claims apontou menos pedidos de auxílio-desemprego do que era estimado. O indicador da atividade industrial na região de Nova York também superou as estimativas, enquanto este mesmo indicador na Filadélfia veio em linha com o esperado. Já o índice de preços ao produtor avançou 0,4% durante o mês de fevereiro.

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Por aqui, o Banco Central revelou na ata do Copom (Comitê de Política Monetária), que sinalizou que a taxa de juro básica nacional deve continuar caindo, convergindo para patamares ligeiramente acima dos mínimos históricos. Ainda por aqui, a FGV (Fundação Getulio Vargas) divulgou o IGP-10 (Índice Geral de Preços – 10) do mês de março, que apontou inflação de 0,27%.

Global 40
O principal título da dívida externa brasileira, o Global 40, encerrou em queda de 0,08% na noite desta quinta-feira, cotado a 132,29 centavos de dólar.

Refletindo o desempenho dos principais títulos da dívida externa brasileira, o indicador de risco Brasil calculado pelo conglomerado norte-americano JP Morgan encerrou a 164 pontos-base.

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O que é o risco-País?
Como cada governo que emite papéis no mercado externo em geral tem mais do que um título no mercado, o banco norte-americano JP Morgan decidiu criar um índice que pudesse combinar todos estes papéis e obter um indicador único, que pudesse ser usado como uma medida de risco global.

Com isso, o JP Morgan criou, no final de 1993, o Embi+ (Emerging Markets Bond Index Plus), ou Índice de Bonds de Países Emergentes, que mede o desempenho de uma vasta carteira de países. Todos os países incluídos são emergentes, excluindo aqueles de risco menor, como muitos dos países da Europa, Ásia e América do Norte.

Além deste índice genérico, o banco criou também um índice para cada país, incluindo apenas títulos do país em questão. Com isso, o JP Morgan criou uma medida de risco-país, que, no caso do Brasil, é medido pelo Embi+ Brasil.