Intenção do consumidor de comprar a prazo cresce mais do que à vista em setembro

Consultas feitas ao SCPC aumentaram 16% em setembro, em relação ao mesmo período do ano passado

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A intenção dos consumidores em comprar a prazo, medida pelas consultas feitas ao SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), aumentou 16% em setembro, em relação ao mesmo período do ano passado, revela levantamento divulgado nesta quarta-feira (1º) pela ACSP (Associação Comercial de São Paulo).

Considerando as consultas feitas ao SCPC Cheque, que mostram a intenção dos consumidores em comprar à vista, percebe-se um avanço menor, de 6,6% no mesmo período.

De acordo com o presidente da ACSP, Alencar Burti, é preciso ter cautela ao analisar os impactos da crise dos EUA, sobretudo no Brasil, porque aqui seus efeitos ainda não foram e nem devem ser sentidos na mesma intensidade dos mercados americano e europeu.

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“Contudo, isso não nos permite deixar de tomar todas as precauções para reforçar nossas defesas a fim de evitar que a crise nos atinja de forma mais aguda”, alerta o presidente.

Análise mensal

As compras a prazo também foram destaque, quando analisados os meses de setembro e agosto deste ano. Na comparação mensal, o levantamento mostra que o SCPC teve queda de 0,8%, enquanto o SCPC Cheque registrou redução de 6,5%.

De acordo com a associação, se forem consideradas as médias diárias de consultas do SCPC em setembro passado, de 7,1%, há uma manutenção do crescimento médio registrado de janeiro a agosto deste ano.

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Inadimplência

Ainda segundo o levantamento, houve um aumento de 18,7% no número de registros recebidos no cadastro de inadimplentes do SCPC em setembro, na comparação com o mesmo mês de 2007. Na comparação mensal, houve recuo de 3,6%. Já a quantidade de cancelamentos de débitos elevou-se em 17,2% no nono mês do ano, em relação a setembro de 2007 e caiu 0,6% na análise mensal.

Isso mostra, segundo Burti, que a inadimplência teve uma ligeira alta, mas ainda controlada e “dentro do esperado”.

O presidente lembrou que o sistema brasileiro de proteção ao crédito é evoluído, eficiente, criterioso e serve como um importante instrumento na monitoração da inadimplência, dando maior transparência ao mercado na hora da concessão de crédito.

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Além disso, os bancos já tomaram medidas para controlar a inadimplência, reduzindo os prazos dos financiamentos, sobretudo, nas vendas de veículos.

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