Empresas de Eike Batista perdem R$ 24,5 bilhões de valor em 8 meses

SÃO PAULO – As empresas de Eike Batista perderam R$ 24,47 bilhões de valor de mercado em pouco mais de oito meses, segundo dados da Economática. Essa cifra representa 38,67% de todo o valor de mercado das sete empresas do megaempresário listados na BM&FBovespa – OGX Petróleo (OGXP3), MPX Energia (MPXE3), OSX Brasil (OSXB3), MMX Mineração (MMXM3), PortX (PRTX3), LLX Logística (LLXL3) e CCX Carvão (CCXC3), em ordem de grandeza.

É difícil dizer como alguém se sentiria à esse ocorrido. Eike, porém, não parece muito preocupado. Ele usou a desvalorização das ações da LLX para fechar o capital e avisou ao mercado: “se o mercado não me quer, eu me basto”.

A perda de valor é natural para empresas listadas em bolsa, mais de 25 das ações do Ibovespa apresentam queda no ano. O grande problema para o bilionário é justamente quem tem liderado as perdas tanto do índice, quanto das suas empresas: a OGX, sua principal empresa.

A companhia, cujas ações recuam quase 60% em 2012, sofreu bastante após anunciar nível de produção abaixo do esperado em poços no campo de Tubarão Azul. Com perda de R$ 24 bilhões de valor de mercado, a petrolífera é a causa de praticamente todo o “empobrecimento” de Eike. A companhia, registrou prejuízo de R$ 398,6 milhões no segundo trimestre.  

Com isso, suas companhias, somadas, registraram prejuízo de cerca de R$ 1 bilhão no segundo trimestre. Embora muitas delas sejam pré-operacionais, outras que já estão mais bem estabelecidas começaram a apresentar perdas neste trimestre. É o caso da MMX, que teve prejuízo de R$ 391,6 milhões no segundo trimestre. A companhia destacou que seus resultados foram prejudicados por atrasos nos portos, mas o mercado toma uma postura de maior cautela frente a mineradora.

Veja a variação de valor das empresas do megaempresário: