Roubini vê correção à frente e cenário ainda pior para bolsas em 2013

Perspectivas desfavoráveis de crescimento devem ser exacerbados pela expansão de medidas de austeridade no ano que vem, diz economista

Mariana Mandrote

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SÃO PAULO – Uma nova correção das bolsas mundiais parece estar em curso, causada sobretudo pelas perspectivas desfavoráveis de crescimento, e indica que o pior está por vir em 2013. Esta é a avaliação do economista Nouriel Roubini, publicada pelo blog Project Syndicate, no início desta semana.

Para o economista, a alta iniciada em julho pelos mercados de ações está perdendo força, e isso não é uma surpresa. Sem sinais de melhoria em economias avançadas e nas grandes economias emergentes, não há como sustentar a recuperação das bolsas, de acordo com Roubini.

Ele indica ainda que a correção poderia até ter chegado antes, se considerarmos os dados macroeconômicos decepcionantes dos últimos meses: a recessão avançou para grandes economias da zona do euro, como França e Alemanha; o crescimento continua fraco nos EUA, o Japão inicia uma nova recessão; e as economias emergentes sofreram desaceleração, em especial, a China.

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Se o cenário de 2012 é pouco animador, para Roubini, o próximo ano deve ser ainda pior, com os riscos de baixa do crescimento mundial exacerbados pela expansão de medidas de austeridade fiscal às economias avançadas.

Ações caras
Outro motivo para a perspectiva de correção, de acordo com o economista, é que as ações estão supervalorizadas nas bolsas. Ele avalia que a relação preço/lucro está muito alta, e o crescimento do lucro por ação vem perdendo o ímpeto e ficará sujeito a novas surpresas desagradáveis enquanto crescimento e inflação se mantiverem baixos.

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