MMX desiste de investimentos no Chile; BM&FBovespa indica André Esteves para conselho

Ainda entre os destaques, lucro da MRV cai 44% no 4° tri; Embraer disse que interrupção de contrato com EUA é padrão

Paula Barra

Igarape, 05 de novembro de 2011Imagens aereas das minas de minerio de ferro Tico Tico e Ipe, da empresa MMX, no complexo Serra Azul.Foto: Bruno Magalhaes / Nitro
Igarape, 05 de novembro de 2011Imagens aereas das minas de minerio de ferro Tico Tico e Ipe, da empresa MMX, no complexo Serra Azul.Foto: Bruno Magalhaes / Nitro

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SÃO PAULO – A manhã desta sexta-feira (15) é de leve queda para as bolsas internacionais, enquanto os investidores ainda esperam por dados de inflação e de produção industrial na agenda norte-americana.

Entre os destaques corporativos, a MMX Mineração (MMXM3) desistiu de seus investimentos no Chile, anunciou a companhia na noite da última quinta-feira (14), após reunião do Conselho de Administração. A empresa afirma que essa decisão foi tomada por recomendação da diretoria da companhia, após revisão nos estudos de viabilidade dos projetos.

Assim, a empresa deve ter uma baixa contábil de R$ 224 milhões nos resultados do quarto trimestre de 2012. O Chile é grande produtor de cobre, e um dos países em que a mineradora B&A, do BTG Pactual – recém associado de Eike – e de Roger Agnelli, ex-presidente da Vale, atua. Agnelli chegou a ser cotado por parte do mercado a exercer algum cargo na MMX, fato negado por um de seus sócios. “Estamos revisando o modelo de negócios da companhia na busca de maior valor agregado para os acionistas”, afirma Carlos Gonzalez, diretor presidente da companhia. 

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BM&FBovespa indica Esteves para Conselho de Administração
A BM&Bovespa (BVMF3) indicou novos nomes para compor seu conselho de administração, sendo eles: o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual; Alfredo Antonio Lima de Menezes, diretor gerente do Bradesco e o presidente da câmara consultiva de renda fixa, câmbio e derivativos da bolsa; e José de Menezes Berenguer Neto, recém-nomeado como presidente sênior para o Brasil pelo J.P. Morgan.

A bolsa nomeia ainda como membros independentes Luiz Nelson Guedes de Carvalho, doutor em contabilidade e controladoria pela FEA-USP; e Luiz Fernando Figueiredo, sócio da gestora Mauá Sekular. 

Eletrobras pode perder R$ 600 com impasse da Aneel
Eletrobras pode perder R$ 600 milhões diante de um impasse criado na liquidação de janeiro do mercado de energia de curto prazo da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), informou o Valor.

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A estatal, por meio de Itaipu e do Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia), corre o risco de ter que desembolsar R$ 567,8 milhões por ter ficado na condição de devedora na liquidação de janeiro. A exposição ocorreu por uma conjuntura de mercado criada por uma brecha regulatória aberta pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Compra do Grupo Rede deve ser concluída até meio do ano
A aquisição das distribuidoras de energia do grupo Rede pelo consórcio formado pela Equatorial (EQTL3) e CPFL (CPFE3) deve ser concluída até junho, disseram fontes próximas as negociações ao Valor. Hoje, os advogados do grupo vão apresentar ao juiz da 2ª Vara de Falência de Recuperações Judiciais de São Paulo o plano de reestruturação da companhia.

O Rede controla oito distribuidoras espalhadas pelo país e que estão sob intervenção da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) desde setembro. 

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Embraer diz que interrupção de contrato com EUA é padrão
A interrupção temporária de negócio entre a Força Aérea dos Estados Unidos e a Embraer (EMBR3) é um procedimento padrão, afirmou ontem o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar. O executivo disse que não houve cancelamento do contrato de venda das aeronaves Super Tucano. 

A resposta veio após a Força Aérea norte-americana emitir uma ordem de interrupção de trabalhos da Embraer e Sierra Nevada, vencedoras de uma licença para venda de aeronaves que serão usados pelos EUA no Afeganistão. A suspensão ocorreu depois que a concorrente Beechcraft Corporation contestou o resultado da licitação.

Lucro da MRV recua no 4° tri
O lucro da construtora e incorporadora MRV Engenharia (MRVE3) recuou fortemente no quarto trimestre, pressionado por vendas menores, ficando abaixo das projeções de analistas.

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De outubro a dezembro, a companhia mineira teve lucro líquido de R$ 115 milhões, queda de 44,9% sobre o resultado um ano antes, segundo dados divulgados na noite da última quinta-feira.

O resultado ficou abaixo da expectativa média de analistas obtidas pela Reuters, que apontava para um lucro de R$ 152,5 milhões.

Outras empresas também reportaram seus resultados trimestrais entre a noite de ontem e hoje, sendo elas: Eternit (ETER3), Vanguarda Agro (VAGR3), Positivo (POSI3), Lopes Brasil (LPSB3) e Ecorodovias (ECOR3).