UE registra queixa junto à OMC por taxas chinesas sobre aço inoxidável

Governo chinês suspeitou que as importações estavam sendo precificadas de forma injusta e impôs tarifas antidumping, que são contestadas pela UE

Reuters

Bandeira da União Europeia
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GENEBRA – A União Europeia anunciou nesta quinta-feira ter apresentado uma queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a imposição de encargos antidumping sobre as importações de tubos de aço inoxidável, seis meses depois de o Japão mover uma ação semelhante.

A reclamação centra-se em produtos de aço de alta qualidade que a China necessita para construir novas usinas, cruciais para os planos de atualizar e tornar mais limpa sua infraestrutura de eletricidade.

A indústria siderúrgica da China, de longe a maior do mundo, descobriu que não poderia produzir os mesmos produtos tão baratos quanto seus rivais japoneses e europeus. O governo chinês suspeitou que as importações estavam sendo precificadas de forma injusta e impôs tarifas antidumping.

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“A UE acredita que os direitos antidumping são incompatíveis com as regras da OMC, tanto com base processual como por razões de mérito”, disse em um comunicado. “As taxas de 9,7 a 11,1 por cento impostas aos produtos europeus estão prejudicando de forma significativa o acesso ao mercado chinês.”

A ação legal confirma o plano que fontes da UE revelaram à Reuters na terça-feira, e vem após uma série de ações comerciais “olho por olho” alimentadas por uma disputa sobre as enormes exportações chinesas de componentes de energia solar baratos.

A ação também define o tempo para processo legal na OMC, que dá à China até 60 dias para manter conversações com a União Europeia para tentar lidar com a queixa.