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SÃO PAULO – As taxas dos Treasuries, os títulos de dívida norte-americanos, foram negociados no maior patamar desde setembro. Com isso, a expectativa é de que os investidores entrem nos EUA atraídos pelos maiores rendimentos no ativo, considerado seguro, o que pode ter impacto nos mercados de renda fixa, ações e commodities, além do câmbio.
A alta dos juros dos Treasuries pode ter efeito negativo para a bolsa brasileira, uma vez que tende a tornar menos atrativo investimentos considerados mais arriscados, como é o caso em países emergentes. Isso atinge especialmente o Brasil, que já sofre com o cenário de crescimento mais fraco e com a piora da percepção dos estrangeiros em relação ao País.
Os juros dos títulos de dez anos, que são tidos como referência no mercado, bateram em 3% pela segunda vez no ano. No encerramento dos negócios, as taxas caíram a 2,996%. As taxas subiram em reflexo aos sinais de aceleração da economia norte-americana, o que aumenta as expectativas de que a era de juros baixos implementada pelo Federal Reserve esteja próxima ao fim.
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Na semana passada, o Fed havia informado a redução, a partir de janeiro, do seu programa de títulos em US$ 10 bilhões, de US$ 85 bilhões para US$ 75 bilhões. Vale ressaltar que, desde maio, a expectativa pela redução dos estímulos pela autoridade monetária norte-americana levou à fuga de capitais no Brasil e levou à desvalorização da moeda brasileira.