Favorito, Lawrence Summers retira seu nome como candidato à presidência do Fed

Summers telefonou na manhã do último domingo para Barack Obama retirando seu nome da disputa à sucessão de Ben Bernanke

Lara Rizério

Lawrence Summers, ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos
Lawrence Summers, ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos

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SÃO PAULO – O ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Lawrence Summers, um dos nomes mais cotados para assumir o comando do Federal Reserve, retirou o seu nome na disputa pela sucessão de Ben Bernanke ao cargo de presidente da autoridade monetária.

Summers telefonou na manhã do último domingo para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama e afirmou, em carta, que chegou à conclusão de que qualquer “processo de confirmação do meu nome seria difícil e não serviria aos interesses do Federal Reserve, do governo ou, finalmente, aos interesses da atual recuperação econômica do país”.

O ex-secretário do Tesouro norte-americano era um dos candidatos favoritos de Obama, mesmo sendo alvo de fortes críticas por sua defesa da desregulamentação financeira dos anos 1990 durante o governo Clinton. Summers também foi conselheiro econômico de Obama nos dois primeiros anos de mandato.

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“Larry foi um membro fundamental da minha equipe quando enfrentamos a pior crise econômica desde a Grande Depressão, e foi em grande parte com seu conhecimento, sabedoria e liderança que lutamos para voltar ao crescimento e ver o progresso que podemos observar hoje em dia”, afirmou Obama, que aceitou a sua carta de retirada da disputa.

A decisão de Summers obrigará o presidente dos Estados Unidos a considerar outros candidatos potenciais à presidência do Fed, dentre eles Janet Yellen, vice de Bernanke, o ex-vice presidente do Fed, Donald Kohn, e o ex-secretário do Tesouro, Timothy Geithner. Obama já teria entrevistado Yellen e Kohn, enquanto Geithner disse não estar interessado.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.