Grécia deve seguir com reformas econômicas, diz membro do BCE

Segundo Joerg Asmussen, se o país se comprometer com as reformas, pode registrar superávit primário neste ano e crescimento econômico já em 2014

Reuters

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ATENAS – A Grécia pode alcançar um superávit primário neste ano e crescimento em 2014 caso se comprometa com as reformas econômicas, mas um retorno aos mercados de títulos será um desafio, disse o membro do conselho executivo do Banco Central Europeu Joerg Asmussen, no domingo, ao jornal To Vima.

Asmussen esteve em Atenas esta semana para se encontrar com altos funcionários do governo e fazer um balanço da economia. Sua visita foi ofuscada pela especulação de um novo resgate para a Grécia, após comentários do ministro das Finanças alemão Wolfgang Schaueble.

“Ter uma baixa, mas positiva taxa de crescimento no próximo ano é possível, mas deve haver persistência com as reformas”, Asmussen disse ao jornal em uma entrevista.

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“Eu compreendo a difícil situação política e a pequena maioria parlamentar, mas o que foi conseguido com tanto esforço político até agora não deve ser demolido. Qual é a solução alternativa credível?”, ele foi citado como dizendo.

Atolada em seu sexto ano consecutivo de recessão, a Grécia já foi socorrida duas vezes desde 2010, com 240 bilhões de euros em empréstimos coordenados pelo BCE, União Europeia e Fundo Monetário Internacional.

Atenas enfrenta uma lacuna de financiamento de cerca de 11 bilhões em 2014-2015, após o fim de seu atual programa de resgate no primeiro semestre do próximo ano, e os seus parceiros da zona do euro prometeram um apoio adicional até que possa explorar os mercados novamente.

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“É verdade que o nível de endividamento vai subir nos próximos anos, e um pleno acesso aos mercados será um desafio”, disse Asmussen.

Mas ele disse que a especulação sobre um terceiro pacote de resgate é prematura.

Ele disse que a parte do resgate para a recapitalização dos quatro principais bancos da Grécia foi um sucesso, ajudando a restaurar a estabilidade financeira, com recursos que sobraram no fundo de resgate do banco como uma almofada para eventuais necessidades futuras.

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Asmussen disse ao jornal que complacência e fadiga na reforma eram o maior risco para a melhora da economia europeia.

“O maior risco para a tendência positiva que vejo moldar-se é não fazer o suficiente, acreditando que os mercados estão calmos ou que estamos em águas seguras”, disse ele.

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