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SÃO PAULO – Pela primeira vez desde a redemocratização, um aliado histórico do PT, o PCdoB, lançou um nome na disputa pelo Palácio do Planalto. No último domingo (5), o partido lançou a pré-candidatura da deputada estadual gaúcha Manuela D’Ávila à Presidência da República em 2018.
Apesar do anúncio, a presidente do partido, Luciana Santos, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que a pré-candidatura não afasta o PCdoB do PT, seu aliado histórico. Luciano Santos afirmou que a decisão de lançar D’Ávila foi tomada diante da instabilidade política do País, “sem comprometer a aliança política que possa haver com o PT lá na frente”.
Já entre os petistas, as reações foram diversas. A senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidente nacional do PT, comemorou a candidatura no Twitter: “Grande quadro político, grande mulher! Ali na frente nos encontraremos, Manu!”. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), por sua vez, lamentou o anúncio. “Respeito o PCdoB, respeito a Manuela, acho que ela é um dos melhores quadros da nova geração. Mas considero a decisão um erro histórico.” Segundo Lindbergh, o PCdoB deveria estar com o PT desde já. “Acho um equívoco em um momento como este, em que querem impedir a candidatura de Lula.”
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No último domingo, a coluna Painel, da Folha, destacou que o PT acredita que Lula disputará pelo menos o primeiro turno das eleições de 2018. Contudo, a sua candidatura é de alto risco, o que poderia afastar aliados históricos (como é o caso do PCdoB).
Já do outro lado, na situação, o grande destaque ficou para o artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso publicado em jornais como O Globo e O Estado de S. Paulo. No artigo, chamado “Hora de Decidir”, FHC afirmou que o PSDB pode apresentar “algum nome competitivo” em 2018, “mas precisa passar a limpo o passado recente”. O ex-presidente afirmou que “ou o PSDB desembarca do governo na convenção de dezembro e reafirma que continuará votando pelas reformas ou sua confusão com o peemedebismo dominante o tornará coadjuvante na briga sucessória”.
O artigo surpreendeu e também irritou o Palácio do Planalto. Segundo o blog do G1, de Gerson Camarotti, o artigo foi visto como uma espécie de ultimato aos tucanos, num momento em que o presidente Temer faz um esforço para manter os ministérios da chamada “ala Jaburu” do PSDB, em referência aos tucanos pró-governo. Já o Estadão apontou que, em conversas reservadas, o presidente não escondeu a mágoa com FHC e avaliou que ele está pressionando correligionários para que o PSDB deixe o primeiro escalão em dezembro, quando o partido renovará a direção.
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Neste sentido, a direção paulista do PSDB pretende começar, a partir do próximo domingo, quando acontecem as convenções estaduais do partido, um movimento para cobrar o desembarque do governo, informa o jornal O Globo. Presidente do PSDB em São Paulo, o deputado estadual Pedro Tobias afirma concordar com o diagnóstico feito pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em artigo. Assim, eles planejam uma “rebelião” para sair do governo.
Enquanto isso, apesar de negada, a candidatura do ministro Henrique Meirelles segue no radar. Em entrevista a ráido BandNews, Meirelles afirmou que não tem “desejo específico” de ser presidente, mas repetiu que esse tipo de decisão tem que ser tomada no futuro.
Já o Valor Econômico apontou que o ministro da Fazenda é um presidenciável em busca de uma candidatura ao Palácio do Planalto, na sucessão de 2018. Filiado ao PSD, o ministro não tem a segurança de que pode vir a ser indicado pelo partido. Assim, o DEM é uma opção considerada.
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