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SÃO PAULO – Preso na última quinta-feira (27) no âmbito da Operação Lava Jato, o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine é um grande candidato a delator. Pelo menos na visão de colegas do executivo, segundo afirma a Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo.
O jornal afirma que colegas de Bendine não têm dúvidas de que ele deve tentar a delação premiada se a sua prisão temporária se converter em provisória (quando não há prazo para a soltura). A coluna aponta que Bendine é descrito como “depressivo e fumante inveterado”, vício que será obrigado a abandonar na carceragem da Polícia Federal.
Há dúvidas se ele terá provas para as revelações que fará, mas há uma certeza: se falar, seu alvo será o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, de quem era muito próximo, afirma a publicação.
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Bendine também tinha muita proximidade com Dilma Rousseff, que o nomeou para a Petrobras. Foi na gestão dele que a empresa revelou ter destruído áudios das reuniões sobre a compra de Pasadena, negócio autorizado pela ex-presidente. Já o atual presidente do BB, Paulo Caffarelli, era aliado de Bendine, mas se afastou dele ainda na gestão Dilma. Contudo, Bendine ainda tem três aliados na estrutura do banco, afirma a publicação. São eles: o vice-presidente de varejo e gestão de pessoas, Walter Malieni; o vice-presidente de negócios e atacado, Maurício Maurano, e Paulo Ricci, chefe do BB DTVM.
Vale destacar que, segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, a estatal está concluindo os levantamentos de operações citadas pela Odebrecht que envolveram Bendine. O pente-fino deve sair até o fim de agosto.
Desta forma, vale ficar de olho no que pode acontecer hoje. Na noite da última quinta, a defesa do executivo apresentou um pedido de reconsideração da ordem de prisão temporária ao juiz Sérgio Moro.
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Segundo o advogado de Bendine, Pierpaolo Bottini, o ex-presidente da Petrobras já tinha manifestado disposição de colaborar com a Justiça, e já tinha aberto mão do sigilo bancário e fiscal há mais de um mês. “Ele disse que queria contar a versão dele dos fatos, e não tem nenhum indicativo de que ele fosse obstruir a justiça ou fugir. Então, estamos levando esses fatos para [o juiz Sérgio] Moro e esperando o retorno dele”, explicou.
Bottini também alega que o ex-presidente tinha passagem de ida e volta a Portugal, e viajaria a turismo. O Ministério Público Federal afirmou que só havia localizado a passagem de ida de Bendine para Portugal. A expectativa é que o juiz decida sobre a questão até esta sexta.
(Com Agência Brasil)
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