Revisando premissas e projeções, Spinelli reinicia cobertura de Fibria

Corretora possui call de manutenção aos papéis da produtora de celulose, com target de R$ 40,90 cada

Anderson Figo

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SÃO PAULO – A Spinelli Corretora reiniciou sua cobertura aos papéis da Fibria (FIBR3), assumindo recomendação de manutenção e estabelecendo um preço-alvo de R$ 40,90 cada. Mesmo considerando positivo o gradual aumento nos preços da celulose e a demanda aquecida, as analistas Kelly Trentin e Erika Mudalen ressaltam o “elevado grau de endividamento da companhia”.

De acordo com a Spinelli, a companhia vem se beneficiando no curto prazo dos progressivos aumentos de preços da celulose, causados pela oferta restrita do produto. “A empresa anunciou três aumentos de US$ 30 por tonelada em janeiro, fevereiro e março e dois aumentos de US$ 50 por tonelada em abril e maio. Assim, os preços chegam a US$ 920 por tonelada na América do Norte, US$ 890 por tonelada na Europa e US$ 850 por tonelada na Ásia”, explicaram as analistas.

Mercado restrito e dívidas
Devido a uma série de catalisadores, o mercado global de papel e celulose encontra-se bastante restrito. “Os estoques, que já estavam sendo reduzidos por conta da retomada da demanda, acabaram sendo pressionados por conta do terremoto no Chile e greve nos portos da Finlândia, afetando o preço do produto”, avaliou a Spinielli.

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A corretora ressalta que, apesar das boas perspectivas, o nível de endividamento da Fibria preocupa. Em relação a isso, as analistas destacam que a empresa já possui um plano para equilibrar seus débitos. Parte desse processo já foi colocada em prática com a emissão de Eurobonds (títulos de dívida lançados no mercado europeu).

“Com os recursos dessa oferta, a companhia deverá pagar todas as dívidas remanescentes com derivativos e seguir para a segunda etapa do plano que é reduzir o custo da dívida e alongar o prazo. (…) A Fibria também estuda a possibilidade de vender terras e suas duas fábricas de papel como forma de reduzir o alto endividamento e retomar seu plano de expansão”, completou a corretora.

A Spinelli acredita que entre os riscos às operações da companhia está uma eventual queda nos preços da celulose, uma vez que a produção chilena deverá se normalizar ainda este ano e fábricas na China, EUA e Canadá deverão ser abertas também em 2010. Além disso, a variação cambial também pode representar risco à companhia.

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