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SÃO PAULO – Em meio à nova bomba política após a revelação dos donos da JBS de que presidente Michel Temer deu aval para comprar o silêncio de Eduardo Cunha, é difícil fazer projeções políticas para os próximos dias, quanto mais para o ano que vem.
Porém, analistas políticos e bancos já estão vendo implicações importantes para as eleições presidenciais de 2018, como é o caso do Deutsche Bank.
Em relatório, o economista-chefe do banco José Carlos Faria aponta que, como a reputação do sistema político do Brasil está severamente danificada, as chances de um político “outsider” ser eleito presidente aumenta.
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Em teoria, isso poderia aumentar ainda mais o impulso para candidatura do prefeito de São Paulo, João Doria, afirma o economista.
“Apesar de Doria ser integrante do PSDB – que sofreu um grande golpe pelas alegações contra Aécio Neves – ele estava um pouco distante dos líderes do partido, tanto que não apareceu no programa oficial do partido divulgado na semana passada”, afirma o economista.
Porém, ele ressalta: a enorme instabilidade política também tende a beneficiar o ex-presidente Lula. Isso porque, numa situação em que um grande número de políticos são vistos como corruptos, as acusações pendentes contra o ex-presidente perdem alguma relevância. Assim, a expectativa é de que o PT possa liderar um movimento exigindo eleições diretas imediatas para presidente.
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“No entanto, uma vez que esta opção não está prevista pela Constituição e o PT não tem maioria no Congresso, Acreditamos que isso seria improvável”.