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SÃO PAULO – A divulgação da conversa do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado com o ministro do Planejamento Romero Jucá pelo jornal Folha de S. Paulo passou a gerar apreensão em Brasília, segundo o blog de Gerson Camarotti, do G1. De acordo com Camarotti, caciques do PMDB e até mesmo do PSDB fazem a avaliação de que podem ter sido gravados por Machado para que ele negociasse acordo de delação premiada junto à PGR (Procuradoria Geral da República).
Já segundo o blog de Lauro Jardim, do jornal O Globo, Sérgio Machado registrou áudios de Renan Calheiros e José Sarney, ambos do PMDB. Os registros foram feitos em conversas privadas que Machado teve individualmente com eles. De acordo com o colunista, quem teve acesso aos áudios dizem que as revelações de hoje em relação a Jucá são “nada” comparado ao que Renan e Sarney teriam dito.
Sérgio Machado negocia delação premiada, que está na mesa de Teori Zavascki esperando homologação, afirma o jornal. Em suas declarações, Machado ainda comprometeria outros dois senadores do PMDB: Jáder Barbalho e Edison Lobão. Já Eduardo Cunha, Aécio Neves, José Dirceu e Lula não aparecem nos depoimentos dados por Machado.
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Romero Jucá concedeu coletiva em Brasília nesta segunda-feira para explicar os áudios divulgados pela Folha em que ele conversa com o ex-presidente da Transpetro sugerindo que uma “mudança” no governo federal resultaria em um pacto para “estancar a sangria” representada pela Operação Lava Jato.
Jucá disse que esteve com o presidente em exercício Michel Temer nesta manhã, reafirmou que eles apoiam a Lava Jato e defendeu punição a todos os envolvidos. O ministro afirma que “o Brasil avança e muda de paradigma com a Operação Lava Jato”. Ele ainda criticou a interpretação dada pela Folha de S. Paulo e disse que o jornal publicou “frases soltas” de um diálogo. Michel Temer ainda discute como fica a situação do ministro após a divulgação do áudio.
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