Vitória da Nova Democracia não garante futuro ameno para Grécia, dizem analistas

Com mês agitado na Zona do Euro, estresse do mercado não deve ser afastado até que termos da dívida sejam colocados em prova

Paula Barra

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SÃO PAULO – Com o futuro da Grécia nas mãos da Nova Democracia, um futuro mais ameno está sendo traçado para o país, embora o estresse do mercado ainda não tenha sido afastado até que seja colocado em prova os termos da renegociação da dívida do país, na reunião marcada para o final de junho. 

Os líderes da Zona do Euro estão interessados em garantir um apoio ao governo helênico, após cinco anos de recessão no país, porém os gregos ainda devem percorrer um longo caminho para tal negociação. A economia internacional continua vulnerável, uma vez que embora as tensões em relação à Grécia foram ligeiramente aliviadas, os fracos fundamentos da Itália e Espanha continuam pesando sob a Zona do Euro.

O mercado teme que os novos caminhos encontrados pelas autoridades europeias para reerguer a economia grega não sejam suficientes, o que iria piorar caso os líderes do bloco de moeda única não encontrassem novas alternativas para estimular o crescimento da Grécia. O cenário poderia gerar aumento da pressão política no país e o governo de coalização liderado por Antonis Samaras não teria vida longa, aponta a equipe de consultores da LCA. 

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Expectativas para o G20
Com isso, o restante do mês de junho será definitivo para a região, a começar pela reunião do G20 que ocorre no México entre esta segunda-feira (18) e terça-feira, na qual a economista do Société Generale, Michala Marcussen, espera pelo anúncio de alguma ação dos principais líderes globais para conter a crise da Zona do Euro, apesar de ter uma capacidade reduzida para realmente atacar o foco do problema.

O debate mais interessante das 20 nações mais desenvolvidas do mundo pode vir da regulação financeira, com os líderes reconsiderando aspectos da Basileia III e o potencial impacto nos mercados emergentes, comentou Marcussen.

Contudo, a questão principal ficará com a reunião de cúpula da União Europeia, marcada para os dias 28 e 29 de junho, tendo em vista se os líderes da região aceitarão ou não compartilhar o risco da crise. Para a economista, a resposta é não. Ela acredita que apenas as declarações de intenção de alguma ação não serão suficientes para acalmar as preocupações duradouras do mercado. 

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