JBS cai com venda de ações da Vigor; HRT sobe com início de perfuração de poço

Ainda entre os destaques, Eike acerta venda de participação da MPX; Taesa liquida R$ 278,1 milhões em dívidas

Paula Barra

(Divulgação JBS Friboi)
(Divulgação JBS Friboi)

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SÃO PAULO – Recuperando forças, o Ibovespa diminuiu suas perdas para uma queda de 0,32%, por volta das 13h29 (horário de Brasília), atingindo os 56.688 pontos. Em dia de vencimento de opções na BM&FBovespa, o mercado se volta para a crise na Zona do Euro que, depois de meses de hibernação, voltou a incomodar – com a necessidade de financiamento do Chipre, que precisa de um resgate.

Entre as maiores altas do índice, destaque para as ações da Gafisa (GFSA3, +2,96%, R$ 3,82), Gol (GOLL4, +2,94%, R$ 14,72) e Usiminas (USIM3, +2,34%, R$ 10,95; USIM5, +1,78%, R$ 10,32); do outro lado, figuram os papéis da JBS (JBSS3, -3,47%, R$ 6,96), MMX (MMXM3, -2,80%, R$ 3,13) e os preferenciais da Eletrobras (ELET6, -2,53%, R$ 11,95).

No caso das ações da JBS, o desempenho reflete rumores de que o frigorífico pretende vender fatia que detém na Vigor por meio de uma oferta pública de ações, de acordo com O Estado de S. Paulo.

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A ideia é de que a empresa, que ainda detém uma participação de 21,32% na Vigor, ofereça suas ações em uma oferta pública, assim que a companhia atingir um porte considerado interessante pelos investidores. Os papéis da Vigor registram desvalorização de 1,70%, sendo cotados a R$ 7,50.

Petrobras ON cai 1%
Mesmo com o plano de investimento para 2013, divulgado na última sexta-feira (15), sendo considerado positivo pela maior parte dos investidores, as ações ordinárias da Petrobras (PETR3) registram queda de 0,96%, a R$ 17,63, mas atingiram na mínima do dia desvalorização de 2,81%, a R$ 17,30. 
Os papéis preferenciais PETR4, por sua vez, sobem 0,37%, a R$ 19,16, após caírem 1,31%, a R$ 18,84, neste pregão. 

Essa queda ocorre em meio ao cenário de turbulência internacional com a situação do Chipre, com o anúncio de que os ministros das finanças da zona do euro concordaram em um resgate ao país. Entretanto, o processo envolverá a conta bancária da população, algo sem precedentes na região. O governo pretende impor uma taxa compulsória de 6,75% nas contas com menos de € 100 mil e de 9,9% naquelas com valores acima disso. Desta forma, com a forte pressão dos mercados acionários, as ações da Petrobras também foram afetadas pelo maior pessimismo, aponta o analista da Amaril Frankin, Eduardo Machado.

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HRT sobe com início de perfuração de poço no Solimões
Já as ações da HRT sobem 3,51%, sendo cotadas a R$ 3,83, após a petrolífera anunciar nesta segunda-feira o início da perfuração no poço de 1-HRT-11-AM, localizado na Bacia do Solimões. O empreendimento se situa no prospecto Cajazeira, dentro do bloco SOL-T-172, e é operado em parceria com a TNK-Brasil. 

Segundo comunicado, a companhia tenta identificar reservatórios devonianos, ou seja, com cerca de 400 milhões de anos de idade, da formação Uerê. Também busca analisar possíveis reservas carboníferas na formação Juruá. 

Eike acerta venda de fatia da MPX
O empresário Eike Batista voltou ao foco do mercado após acertar na última sexta-feira, no Rio de Janeiro, a venda da metade de sua participação na MPX (MPXE3), braço de energia do Grupo EBX, para a empresa alemã E.ON, segundo informações na imprensa. 

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Segundo fontes próximas ao negócio disseram ao jornal O Estado de S. Paulo, os alemães vão desembolsar R$ 1,8 bilhão por metade das ações de Eike – que representam cerca de 27% do capital da MPX.

As conversas com os alemães já duram mais de um mês e fazem parte de uma reação de Eike à crise que suas empresas vêm enfrentando desde o ano passado. As cinco companhias do Grupo EBX listadas na bolsa perderam nos últimos 12 meses R$ 54 bilhões.

Os papéis da MPX, por sua vez, operam em leve valorização de 0,38%, sendo cotados a R$ 10,70. 

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Taesa liquida R$ 278,1 mi em dívidas
A Taesa (TAEE11) informou a liquidação antecipada de R$ 278,1 milhões em linhas de dívida. Em comunicado, a empresa explicou que o objetivo da operação é reduzir o custo da dívida e obter mais flexibilidade financeira. 

Com isso, os contratos de financiamento das antigas subsidiárias NTE, STE e ATE com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) foram finalizados, bem como o financiamento firmado com o sindicato que reúne Santander, Citibank e BNP Paribas

O montante pago foi dividido em: R$ 74,7 milhões para a NTE, R$ 51,7 milhões na STE, R$ 138,1 milhões para a ATE e mais R$ 13,6 milhões que correspondem à própria Taesa. 

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No mesmo dia, a companhia informou que a BNDESpar, braço de participações do BNDES, chegou a uma participação de 5,3% das ações preferenciais de sua emissão.

Grupo Oi é multado de novo pela Anatel
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) multou novamente a operadora Oi (OIBR4) nesta segunda-feira.

A empresa do grupo Telemar Norte Leste, filial do Pará, teve recurso negado e foi punida no valor de R$ 3,488 milhões por descumprir exigências do PGMU (Plano Geral de Metas de Universalização) na prestação de serviços de telefonia fixa.

Com a decisão de hoje, a empresa já acumula mais de R$ 68 milhões em multas aplicadas pela Anatel desde meados de fevereiro.

Multiplus espera fixar data da oferta em abril
A Multiplus (MPLU3) espera definir em 16 de abril o preço das ações de sua oferta primária de ações estimada em R$ 800 milhões. 

Segundo prospecto preliminar enviado ao mercado nesta segunda-feira, o início dos negócios com os papéis deve ocorrer em 18 de abril na BM&FBovespa. 

Itaú e Daycoval aumentam participação de estrangeiros
O Itaú Unibanco (ITUB4) e Daycoval (DAYC4) informaram ao mercado o aumento da participação estrangeira em seus capitais – de 7,18% para 30% e de cerca de 10% para até 45%, respectivamente.

Um aumento de participação – como no caso do Itaú Unibanco – é uma ótima maneira para reforçar seu programa de ADRs (American Depositary Receipts), como o que o Bradesco conseguiu fazer de maneira extraordinária no ano passado, disse o analista Rodolfo Amstaldem, da casa de research Empiricus.

Já no caso do Daycoval, a aumento de capital decorre de pleito realizado pelo banco ao Banco Central e representa uma das etapas para realizar o pedido de aprovação de migração para o segmento especial de listagem denominado Nível 2 de governância corporativa da BM&FBovespa.

GVT poderá voltar à bolsa
A companhia de telefonia GVT pode voltar à BM&FBovespa no segundo semestre deste ano após ter fracassado a tentativa da controladora Vivendi de vender o negócio, informou o Valor.

Uma oferta pública na bolsa pode ser a única saída da Vivendi para manter o ativo, que tem potencial de crescimento, e ainda levantar capital, com a venda de fatia minoritária. Num bom cenário, Credit Suisse, Morgan Stanley, Bank of America Merrill Lynch e Goldman Sanchs fizeram estudo sobre o IPO (Initial Public Offering) e concluíram que a Vivendi consegue avaliação entre € 6,5 bilhões e € 7 bilhões para a GVT. 

Vale retira executivos da Argentina
Por conta da decisão de suspender o projeto de potássio Rio Colorado, na Argentina, a Vale (VALE3; VALE5) iniciou na semana passada a retirada dos executivos do país.

O diretor da Vale Sergio Leite, que respondia pelo projeto, deixou na última sexta-feira (15) o país juntamente com outro diretor estatutário que trabalhava com ele no projeto, por recomendação da área de segurança da empresa.

A decisão da mineradora em suspender o projeto tem exaltado os ânimos de representantes do governo, políticos, sindicalistas e mesmo a população local, o que levou a área de segurança institucional da empresa a fazer um alerta recomendando a saída dos executivos.

BTG prepara oferta pública de bônus em moeda chinesa
O BTG Pactual (BBTG11) prepara uma oferta pública de títulos denominados em renmimbi, moeda chinesa, para esta semana, informou o Valor. O banco terá conversas com investidores institucionais da Ásia em Hong Kong hoje para sondar a demanda pelos bônus. 

Caso seja concretizada, será a primeira operação pública realizada por um emissor brasileiro. Não há expectativa, contudo, sobre o valor que o BTG Pactual pretende levantar nem o rendimento aos investidores.

Mudanças no conselho da PDG
Às vésperas de anunciar o resultado de 2012 e um plano de reestruturação para a empresa, os sócios e executivos do PDG Realty (PDGR3) se preparam também para fazer novas mudanças no conselho de administração. 

Segundo informou O Estado de S.Paulo, ao menos três dos oito conselheiros deverão ser substituídos no mês que vem. O ex-presidente da PDG, José Grabowsky, teria pedido para deixar o posto. Milton Goldfarb, fundador de uma das empresas adquiridas pela PDG também pediu para sair. No início do ano, ele deixou de ter funções executivas na companhia e agora quer se desligar também do conselho de administração, já que está se preparando para voltar ao mercado com uma nova incorporadora imobiliária. O terceiro nome a liberar sua cadeira no conselho da PDG seria o executivo João Cox, que entre 2006 e 2010 foi presidente da operadora Claro. No início da semana passada, ele assumiu o cargo de presidente do grupo WTorre.

Grupo Rede propõe pagar R$ 2,2 bi a credores
Com dívidas estimadas em R$ 5 bilhões, o Grupo Rede Energia (REDE4) propõe o pagamento de até R$ 2,2 bilhões aos credores da companhia. O plano de recuperação da empresa, o qual o Valor teve acesso, prevê o pagamento de até R$  838,8 milhões para credores com garantia real e R$ 1,4 bilhão para credores quirografários (preferenciais).

O documento, que foi apresentado na sexta-feira à 2ª Vara de Falências de São Paulo, soma mais de 300 páginas. Agora, os credores terão um prazo de 60 dias para analisar a proposta e decidir se aceitam, ou não, o acordo.

Receita da Magnesita cresce apenas 2% no 4° tri
A Magnesita (MAGG3), empresa de produtos de tijolos refratários, anunciou seus resultados do quarto trimestre na última sexta-feira, após o fechamento de mercado. A receita líquida passou de R$ 599,1 milhões para R$ 611,1 milhões, crescimento de 2% na comparação com o mesmo período do ano anterior, enquanto o lucro líquido zerou no período, impactado por uma despesa não recorrente e não caixa de imposto de renda devido ao ajuste retroativo sobre amortização de ágio no valor de R$ 4,9 milhões.

 Segundo a equipe da XP Investimentos, os números da companhia não poderiam ter sido mais neutros, vindo em linha com o reportado no quarto trimestre de 2011.