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SÃO PAULO – Carlos Pereira, pós-doutor em ciência política pela Universidade de Oxford, afirmou, em entrevista exclusiva ao InfoMoney, que se Marina Silva não se candidatar à presidência do país no lugar de Eduardo Campos, que faleceu nesta quarta-feira em um acidente aéreo, ela estará, literalmente, entregando o país de bandeja para a atual presidente Dilma Rousseff.
No entanto, para ele é natural que ela entre no lugar de Eduardo na disputa presidencial, visto que ela já era uma potencial candidata anteriormente e concorreu, em 2010, recebendo quase 20 milhões de votos e ficando em terceiro lugar na eleição contra José Serra, do PSDB, e Dilma Rousseff, do PT. “A maioria do PSB irá apoiar a Marina como candidata e as pressões serão enormes para que ela se candidate. Ela entra no páreo em um outro patamar, muito superior ao de Eduardo e, com ela, as chances de Aécio aumentam”, disse.
Pereira afirmou ainda que, apesar das especulações, o cenário ainda é muito incerto, afinal, a situação é muito recente. “É muito difícil prever o efeito emocional da morte de um candidato desta maneira, mas acredito que ela vai contar, além da força que já tem, com o emocional da população que ia votar em Campos. A situação, com Marina, fica confortável para Aécio, mas, por outro lado, sem ela, Dilma venceria no primeiro turno”, finalizou.