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SÃO PAULO – O ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, afirmou um dia antes do atentado às Torres Gêmeas de Nova York, em 11 de setembro de 2001, que poderia ter matado Osama Bin Laden, antes de o seu mandato ter acabado. Clinton ficou no cargo entre 20 de janeiro de 1993 e 20 de janeiro de 2001, sendo sucedido por George W. Bush.
A afirmação foi feita a um grupo de empresários americanos, e foi revelada através de uma gravação divulgada pelo ex-líder do Partido Liberal da Austrália, Michael Kroger. Clinton sabia que estava sendo gravado, mas o áudio nunca foi revelado porque Kroger disse que tinha esquecido o assunto até a semana passada, segundo a agência de notícias CBS.
Clinton estava falando com Kroger e cerca de 30 outros homens de negócios em Melbourne em uma apresentação realizada em 10 de setembro de 2001, quando lhe foi perguntado sobre o terrorismo internacional.
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“Osama Bin Laden é um sujeito inteligente, passei muito tempo falando sobre ele e quase o capturamos uma vez. Poderíamos tê-lo matado, mas isso significaria a destruição de uma pequena cidade no Afeganistão, chamada Candahar, e teria causado a morte de 300 mulheres e crianças e, então, eu não teria sido melhor do que ele. Então, eu não fiz isso”, afirmou.
De acordo com o relatório da Comissão do 11/9 no Congresso dos EUA, a inteligência do país planejou um ataque com mísseis em 1998 contra Bin Laden. Contudo, o plano foi descartado por possíveis efeitos colaterais e porque causaria a morte de 300 inocentes.
Bin Laden escapou das autoridades norte-americanas por anos, mas acabou sendo morto em 2011 no Paquistão por forças especiais norte-americanas.