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A Exxon Mobil comprará a rival norte-americana Pioneer Natural Resources em um acordo envolvendo apenas ações avaliado em US$ 59,5 bilhões, que a tornará a maior produtora no maior campo petrolífero dos EUA, garantindo uma década de produção de baixo custo.
O negócio será o maior da Exxon desde a compra da Mobil Oil por US$ 81 bilhões em 1998, anos antes do início do boom do xisto, e a maior aquisição deste ano por qualquer empresa.
A Exxon ofereceu US$ 253 por ação da Pioneer, informaram as empresas na quarta-feira (11). O valor representa um prêmio de 6,57% em relação aos US$ 237,41 por papel no fechamento de terça-feira (10). Em relação ao início dos boatos sobre um acordo, o prêmio é maior, de 9%.
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A Exxon saiu de um período marcado por perdas profundas e dívidas enormes nos últimos dois anos, cortando custos, vendendo dezenas de ativos e se beneficiando dos altos preços da energia, estimulados pela invasão da Ucrânia pela Rússia.
O acordo deixará quatro das maiores empresas petrolíferas dos EUA no controle de grande parte do campo de xisto da Bacia do Permiano e de sua extensa infraestrutura de campos petrolíferos.
Ainda assim, especialistas em antitruste disseram à Reuters, na semana passada, que a Exxon e a Pioneer tinham boas chances de concluir o acordo, embora enfrentassem um exame minucioso. Isso porque elas poderiam argumentar que, mesmo sendo a maior produtora do Permiano, juntas representarão uma pequena fração de um vasto mercado global de petróleo e gás.
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O CEO da Exxon, Darren Woods, tem rejeitado a pressão política e de investidores para mudar de estratégia e adotar a energia renovável, como fizeram as grandes petroleiras europeias. Ele enfrentou duras críticas por manter uma estratégia fortemente dependente do petróleo em um momento em que as preocupações com o clima se tornaram mais urgentes.
“As capacidades combinadas de nossas duas empresas proporcionarão uma criação de valor de longo prazo muito superior ao que cada uma delas é capaz de fazer de forma isolada”, disse Woods em um comunicado.
A decisão da Exxon valeu a pena quando a empresa obteve no ano passado um lucro recorde de 56 bilhões de dólares, dois anos depois que as perdas chegaram a US$ 22 bilhões durante a pandemia da Covid-19.
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A Exxon guardou parte dos enormes lucros da alta do preço do petróleo, reservando cerca de US$ 30 bilhões em dinheiro para se antecipar a acordos, segundo analistas.
A Pioneer é a maior operadora do Permiano, respondendo por 9% da produção bruta, enquanto a Exxon ocupa o quinto lugar, com 6%, de acordo com analistas da RBC Capital Markets.
“A combinação da ExxonMobil e da Pioneer cria uma empresa de energia diversificada com a maior presença em poços de alto retorno na Bacia do Permiano”, disse o CEO da Pioneer, Scott Sheffield.
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A Pioneer foi uma das empresas de petróleo mais bem-sucedidas a emergir da revolução do xisto, que transformou os EUA de um grande importador de petróleo no maior produtor mundial em pouco mais de uma década.
A Bacia do Permiano é altamente valorizada pelo setor de energia dos EUA devido ao seu custo relativamente baixo para extrair petróleo e gás, com custos de produção mínimos, em média, de 10,50 dólares por barril.
Sob o comando do CEO Scott Sheffield, a Pioneer cresceu por meio de aquisições rápidas, incluindo negócios de vários bilhões de dólares em 2021 para a DoublePoint Energy e a Parsley Energy.
A compra da Exxon superaria a aquisição de US$ 53 bilhões do BG Group pela Shell em 2016, que a colocou no topo do mercado global de gás natural liquefeito.
Em julho, a Exxon fechou um acordo de US$ 4,9 bilhões, totalmente em ações, com a Denbury, uma pequena empresa de petróleo dos EUA com uma rede de dutos de dióxido de carbono e armazenamento subterrâneo. O objetivo dessa aquisição era reforçar os negócios incipientes de baixo carbono da Exxon.
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