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A Exxon Mobil está em negociações avançadas para adquirir a Pioneer Natural Resources em um negócio que pode avaliar a produtora da bacia de xisto em cerca de US$ 60 bilhões, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.
A aquisição será a maior da Exxon desde a transação de US$ 81 bilhões com a Mobil em 1998. O negócio também expandirá a presença do grupo em uma das regiões mais lucrativas do setor petrolífero dos EUA.
A Pioneer, que tinha um valor de mercado de US$ 50 bilhões na quinta-feira (5), é a terceira maior produtora de petróleo na bacia de Permian, depois da Chevron e da ConocoPhillips. Essa bacia, que se estende por partes do Texas e do Novo México, é a mais cobiçada do setor petrolífero dos EUA devido ao seu custo relativamente baixo para extrair petróleo e gás.
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Se as negociações forem concluídas com sucesso, um acordo entre Exxon e Pioneer poderá ser alcançado nos próximos dias, disseram as três fontes.
Porta-vozes da Exxon e da Pioneer não quiseram comentar.
A Exxon, que tem um valor de mercado de US$ 436 bilhões, é a maior petroleira dos EUA, com uma média de 3,8 milhões de barris de petróleo equivalente por dia (boed) em suas operações globais.
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No ano passado, a Exxon obteve lucro recorde de US$ 55,7 bilhões graças aos altos preços do petróleo e do gás e encerrou o ano com US$ 29,6 bilhões em caixa.
A aquisição da Pioneer dará à Exxon mais terras estabelecidas para extrair petróleo, nas quais a companhia pode confiar para aumentar a produção quando necessário, em vez de arriscar dinheiro no desenvolvimento de áreas não comprovadas.
“Faz todo o sentido”, disse Bill Smead, diretor de investimentos da Smead Capital Management, uma empresa de investimentos que administra US$ 5,2 bilhões em fundos. “Você reabastece suas reservas sem abrir buracos no solo.”
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A Exxon produziu cerca de 620.000 boed na bacia no segundo trimestre, um recorde para a empresa. A produção da Pioneer na bacia teve uma média de 711.000 boed no mesmo período.
O possível acordo deverá atrair atenção de autoridades depois que a Casa Branca acusou a Exxon, em fevereiro, de obter lucros enormes às custas dos consumidores.
Outras grandes petrolíferas também estão se voltando para fusões e aquisições porque consideram arriscado perfurar novas áreas. A Chevron, por exemplo, acertou em maio a compra da produtora de xisto PDC Energy Inc em uma transação de ações e dívidas no valor de 7,6 bilhões de dólares.
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A própria Pioneer se fortaleceu por meio de aquisições, incluindo as compras de rivais de xisto dos EUA DoublePoint Energy por US$ 6,4 bilhões em 2021 e Parsley Energy por US$ 7,6 bilhões em 2020.
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