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Anunciado nesta semana como novo CEO do Andbank Brasil, grupo financeiro especializado em private banking, Rodolfo Pousa chega em um momento desafiador para a gestão de fortunas (“wealth management”). Na esteira das mudanças promovidas pela Medida Provisória que taxa os fundos exclusivos – que ainda precisa de aprovação no Congresso – o banker já trabalha com cenários para atrair novos clientes.
Para o executivo, no entanto, o desafio imposto pela MP ao segmento se torna uma oportunidade. Pousa explica que o Andbank trabalha com produtos mais segmentados e, em um cenário em que os fundos de cota única tendem a perder a atratividade, cada cliente, que precisa ter um cheque mínimo de R$ 5 milhões, vai demandar uma estrutura de investimento personalizada para obter mais eficiência tributária.
“Estamos 24 horas por dia pensando neste tema, nas alternativas que podemos oferecer. O importante, neste momento, é não tomarmos decisões premeditadas. Há muita ‘espuma’ ainda. O que eu vejo é que vamos precisar de soluções menos padronizadas. Para alguns, faz mais sentido estruturar um fundo de previdência. Para outros, um FIA e outra parte aberto, investindo em produtos isentos [como debêntures incentivadas, LCI e LCA]”, avalia Pousa, em conversa com o IM Business.
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Rodolfo Pousa chega ao Andbank Brasil após passagem pela Monte Bravo, onde era head de private banking. Também acumula passagens pelo Banco Safra, Citibank Brasil e Credit Suisse Hedging Griffo. Ele substitui Carlos Foz, que passa a ser chairman da operação brasileira do Andbank. Matheus Wolf, também vindo da Monte Bravo, será o vice-CEO.
Em seu mandato, Pousa tem como missão ampliar o crescimento da instituição, nascida em Andorra, dentro do Brasil. Em sua primeira análise, a casa tem que conquistar novos clientes por meio de operações estruturadas. “Não temos que trabalhar na lógica de plataforma, de mostrar um produto que rendeu mais que o CDI. Isso se tornou commodity. Temos que ser mais exclusivos nas soluções”, afirma.
Entre os produtos personalizados, o banker cita a possibilidade de fazer ofertas fechadas, como captação para FIIs, private equity em outros países e club deals. “Recentemente, estruturamos um private equity para fintechs na Europa. Esse é um exemplo que podemos ‘tropicalizar’ alguns investimentos internacionais, até como forma de diversificação.”
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Fundado há mais de 90 anos, o Andbank atua em 11 países, entre eles Brasil, EUA, Luxemburgo, Espanha, Uruguai, Mônaco e Andorra, e tem R$ 210 bilhões sob gestão no mundo. No Brasil, o grupo possui atualmente um banco, que está em processo de venda para a Creditas por R$ 500 milhões, além de uma gestora.
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