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Em um movimento até então inédito para a empresa, a Locaweb começa a tatear o mercado de plataformas de e-commerce para grandes empresas. Com sua marca Wake, fruto de M&As feitos pela companhia no último ano, a companhia tenta ajustar uma boa história para conquistar espaço em um mercado já ocupado por grandes marcas.
Apesar da onda de fusões e aquisições mais recente pela qual a empresa passou desde seu IPO, em 2020, parte das soluções que foram integradas para formar a Wake vêm do começo dos anos 2010. Uma das bases para o nova empreitada, a Experience, foi comprada em 2012 quando ainda era apenas um disparador de e-mails e, agora, se transforma em uma plataforma de inteligência artificial para recomendação de contatos de relacionamento com clientes.
Essa é apenas uma das seis empresas que se juntaram para virar uma solução “olhando a jornada do cliente como um todo”, como descreve o vice-presidente da Wake, Alessandro Gil. “Para cada um dos produtos, temos um grupo de concorrentes diferentes. Gostamos de nos posicionar como a única empresa que olha a jornada da aquisição até a retenção dos clientes.”
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É com essa história que a empresa espera conquistar grandes varejistas, com faturamento entre dezenas e centenas de milhões de reais. “Desde o lançamento da marca, no final de abril, estamos em um processo, primeiro, de fortalecer esse storytelling, mostrar para o mercado o que estamos fazendo e, obviamente, construir os primeiros cases”, aponta Gil.
Até então, a Locaweb, que já foi uma marca focada em hospedagem de sites, tinha uma estratégia centrada em oferecer soluções de e-commerce e integração com marketplaces para pequenos e médios produtores. A Wake oferece soluções de inteligência artificial para a identificação de influenciadores para campanhas e consolidar as reações a essas campanhas. Também há um braço de plataforma de e-commerce, um hub de marketplaces e ferramentas de gestão de relacionamento com clientes.
Questionado sobre a concorrência e a crise no varejo brasileiro (e os clientes potenciais do setor), o vice-presidente da empresa responde que prefere ver o copo meio cheio. As dificuldades enfrentadas fazem com que empresas que prestam serviços similares ao da Wake, normalmente americanas, tenham pouco interesse no mercado brasileiro.
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Segundo ele, apenas empresas estrangeiras hoje possuem um serviço igual ao da Wake, enquanto no Brasil existem soluções separadas, oferecidas por diversas empresas, que precisam ser reunidas para chegar em algo similar. “Se entrarmos com um valor justo, com um investimento em tecnologia e posicionamento de estamos muito mais próximo [do que ferramentas americanas], que olhamos muito mais a performance do que os nossos concorrentes,temos uma oportunidade importante de crescer dentro desse target”, diz.
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