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SÃO PAULO – Os pais brasileiros reconhecem o valor de uma boa educação, mas a maioria se diz despreparada financeiramente para custear o estudo dos seus filhos. Não por coincidência, o brasileiro é quem menos poupa para educar seus filhos, segundo um levantamento do HSBC com mais de 4,5 mil pais em 15 países.
Apenas 42% dos brasileiros entrevistados disseram ter guardado dinheiro para a educação dos filhos. O índice fica abaixo da média global – de 64% – e muito atrás da Malásia, primeira colocada no ranking com um índice acima de 85%.
Atrás da Malásia, aparece a China e Hong Kong, empatados com 85%, Cingapura, com 80%, Indonésia, 77%, e Taiwan, com 74%.
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País | Porcentagem de pais que poupam para educação dos filhos |
---|---|
*HSBC | |
Malásia | 85% |
Hong Kong | 81% |
China | 81% |
Cingapura | 80% |
Indonésia | 77% |
Taiwan | 74% |
Índia | 65% |
Média | 64% |
México | 58% |
Canadá | 55% |
França | 55% |
EUA | 54% |
Reino Unido | 54% |
Turquia | 48% |
Austrália | 48% |
Brasil | 42% |
Com pouco dinheiro guardado, 71% dos pais brasileiros dizem confiar apenas na renda atual como a principal fonte para pagar os estudos dos filhos. Mas apesar de compartilharem este pensamento, quase 40% desta parcela se arrepende por não ter guardado o suficiente para a educação dos filhos – também maior índice entre os 15 países pesquisados.
Apesar dos pais brasileiros pouparem menos para o futuro educacional dos seus filhos em relação a outros países, a pesquisa apontou uma maior dependência financeira dos filhos por aqui. No Brasil, apenas 7% dos pais acreditam que os filhos podem ajudar a custear seus próprios estudos, por exemplo, a partir de um trabalho de meio período.
O índice também está abaixo do mundial, que é de 8%, e atrás de países como Taiwan, Estados Unidos e Reino Unido, onde a taxa de pais que acreditam que os filhos podem custear sua educação giram em torno de 28%, 25% e 19%, respectivamente.
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Para o diretor de gestão de patrimônio do HSBC, Augusto Miranda, os brasileiros estão cientes da importância de pagar pelos estudos dos filhos, mas acabam poupando tarde para isso. “Apesar de terem o desejo de ver o filho pós-graduado, a maioria dos pais no Brasil pensa em manter o estudo dos filhos com a renda atual. É preciso planejar antes para não ter surpresas no futuro”, disse.
Quando investir na educação do filho?
A pesquisa mostrou também que 18% dos pais pesquisados consideram pagar pela educação fundamental dos filhos. O índice aumenta para 33% quando questionados sobre o ensino médio e 62% sobre graduação e pós-graduação.
A Índia (90%), os Estados Unidos (89%), a China (87%), a Indonésia (86%) e o Brasil (83%) são os países onde os pais mais acreditam no investimento para todas as fases da educação (fundamental, médio e graduação/pós-graduação).
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