Como a Fundação Estudar, de Jorge Paulo Lemann, sabe quem é “líder”

Fundação estudar oferece bolsas a jovens considerados promissores; mas o processo não é simples  

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – A Fundação Estudar, de Jorge Paulo Lemann, possui há 25 anos um programa que oferece bolsas e o suporte necessário para ajudar jovens promissores a cursarem graduação completa no Brasil, intercâmbio acadêmico de graduação. Para esse programa funcionar, no entanto, a parte mais importante é justamente a seleção dos jovens considerados “promissores”.

A seleção desses estudantes envolve sete etapas, que incluem testes de lógica, vídeo sobre a trajetória do candidato e entrevistas. “Além disso, o perfil do estudante também é um fator decisório, visto que o mesmo deve se alinhar aos valores da Fundação Estudar, que procura traços como foco e capacidade de execução”, descrevem representantes da Fundação.

O processo seletivo

O primeiro passo é um teste online sobre o perfil do candidato, com testes de lógica. É também necessário responder a um questionário, além de enviar um vídeo curto sobre a própria trajetória. “O vídeo é uma das ferramentas mais práticas para darmos escala aos processos seletivos, por exigir menos investimento de tempo dos candidatos, sem perder a qualidade da avaliação”, explica Leonardo Gomes, da Fundação Estudar.

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A partir disso, o processo se desdobra em entrevistas, ora presenciais, ora por plataformas como Hangouts e Skype. Depois da entrevista de competências, o candidato recebe o convite para o painel com ex-bolsistas, mais uma rodada de perguntas sobre a sua trajetória.

A última etapa é realizada junto aos membros do conselho da Fundação Estudar, incluindo o próprio Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira. Neste momento, a Fundação espera que o candidato mostre coerência com as outras fases do processo e prove habilidades em liderança, empreendedorismo, proatividade, criatividade, ética e gosto por desafios.

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A instituição também leva em conta o nível de comprometimento do candidato com o Brasil e sua vontade de gerar impacto positivo em sua área de atuação. Podem se candidatar jovens de 16 a 34 anos, matriculados, em processo de aceitação ou cursando o ensino superior.

Pedro Henrique de Cristo, formado em Administração e mestre em design de Políticas Públicas pela Universidade de Harvard, é um exemplo para quem quer fazer parte do programa. Ele foi selecionado pelo Líderes Estudar e depois de cursar o mestrado, aplicar seu aprendizado nas favelas do Rio de Janeiro e desenvolver diversas iniciativas de geração de impactos positivos no Brasil, fez parte da banca avaliadora como o mais jovem entrevistador até então.

“Na Fundação Estudar primeiro você ganha a bolsa, depois você descobre que ganhou muito mais. Porque essa é, realmente, a melhor rede profissional do Brasil. Me sinto muito honrado em ter sido selecionado e continuar sendo apoiado frequentemente”, conta Pedro

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Com “muito mais”, segundo a Fundação, Pedro quer dizer acesso a mentoria e momentos de networking com grandes líderes, além da participação em diversos programas de desenvolvimento pessoal e profissional oferecidos pela instituição.

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney