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SÃO PAULO – Os homens da geração Y – nascidos a partir do final da década de 70 até meados de 90 – aceitam um ambiente corporativo mais feminino, o que indica mudanças em relação aos parâmetros tradicionais. As informações são de uma pesquisa com 750 executivos em cinco continentes, realizada pela consultoria Mazars.
De acordo com o estudo, 57% aceitam a liderança feminina. Contudo, a preferência ainda é ter homens no comando – 33% optaram pela liderança masculina, enquanto só 10% preferem ser gerenciados por mulheres.
Quanto se trata de subordinados, para 68%, não há diferença em chefiar homens ou mulheres. Já 14% confessaram aos pesquisadores preferir ter equipes de trabalho eminentemente femininas e 8% preferem ter funcionários homens. “O estudo demonstra que a convivência entre homens e mulheres nas esferas de poder entrou numa nova era, mais cooperativa”, analisa a gerente de Recursos Humanos da Mazars, Milena Bizzarri.
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A pesquisa mostrou ainda que 70% dos homens estão dispostos – ao menos temporariamente – a abrir mão da carreira para se dedicarem aos filhos. Do total, porém, 16% dos entrevistados dizem que, apesar de desejarem se dedicar mais à família, não consideram que isso seja possível na prática. Outro dado que revela mudança de mentalidade é que 80% dos homens acham que dividir tarefas em casa é absolutamente normal. Já 13% acham que a mulher deve ficar responsável pela família e tarefas domésticas.
Mulheres ameaçam?
Mais da metade dos entrevistados nunca se sentiu ameaçada por mulheres no ambiente de trabalho. Apenas 3% se sentem muito frequentemente ameaçados, 5% frequentemente ameaçados, 21% algumas vezes e 14% raramente (5% não responderam).
No que se refere às características profissionais, o grupo identifica como características femininas no trabalho a ambição e a independência. Para 81% do grupo pesquisado, atributos como “colaboração” independe de sexo, bem como “confiabilidade” (72%), “altruísmo” (74%) e “capacidade de inovação” (71%). Entretanto, a proporção diminui quando se fala em “liderança”: 39% creem que a liderança é mais facilmente encontrada nos homens.
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A pesquisa também constatou que as fronteiras entre o masculino e o feminino estão ficando cada vez mais vagas. Para 46% dos entrevistados, os homens estão ganhando mais traços femininos, e, para 43%, as mulheres estão adquirindo traços masculinos. Apesar disso, a maior parte dos entrevistados ainda atribui aos homens traços como força física, coragem e determinação. Apesar dos avanços, quando perguntados a respeito das tarefas específicas, ainda há a tendência de atribuir a mulheres tarefas tradicionalmente feitas por elas. Cerca de 40% dos homens acham que “limpar” é uma atribuição feminina, enquanto 43% dizem que “dirigir” é uma função do homem.
“Apesar de verificarmos traços das velhas mentalidades, estamos caminhando para a igualdade. A dissolução das fronteiras entre os gêneros é forte mostra um grande avanço na história da humanidade”, conclui o estudo.
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