Jornada de trabalho de 24 horas semanais pode ser realidade na Finlândia

A Finlândia é conhecida por ser uma grande voz pela flexibilização dos horários e jornadas de trabalho no mundo

Allan Gavioli

Sanna Marin, primeira-ministra da Finlândia (Wikimedia Commons)
Sanna Marin, primeira-ministra da Finlândia (Wikimedia Commons)

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SÃO PAULO – Enquanto trabalhadores do mundo inteiro sofrem para voltar para a rotina de trabalho após o recesso de fim de ano, os cidadãos da Finlândia podem ter um novo motivo para sorrir. Sanna Marin, primeira-ministra do país, defende que a jornada de trabalho obedeça um padrão de 4 dias por semana, 6 horas por dia. Segundo a líder política finlandesa, a ideia é um próximo passo para mudar como o trabalho é tratado no país.

No total, as mudanças geram um expediente de 24 horas de trabalho semanais, um regime muito diferente da tradicional rotina de 40 horas aplicada no Brasil e em muitos outros países do mundo.

“Eu acredito que as pessoas mereçam passar mais tempo com suas famílias e entes queridos, realizando seus hobbies e curtindo outros aspectos da vida. Esse pode ser o próximo passo para uma transformação de como vemos o trabalho por aqui”, disse Sanna em entrevista. A primeira-ministra não revelou maiores detalhes sobre a proposta ainda.

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Desde que assumiu, em dezembro de 2019, e se tornou a pessoa mais jovem a alcançar o cargo de primeira-ministra no mundo, com apenas 34 anos, Sanna tem a agenda trabalhista como um dos principais pilares do mandato. Ela é presidente do Partido Social Democrata da Finlândia e lidera o governo de coalizão formado por cinco partidos do país, compostos majoritariamente por mulheres de centro-esquerda.

A Finlândia é conhecida pela flexibilização dos horários e jornadas de trabalho. Em 1996, o governo introduziu uma lei que dava permissão aos empregados para mudar seu turno, permitindo que os trabalhadores escolhessem entre entrar três horas antes ou depois do horário estipulado – uma grande conquista à época.

Inspiração na Suécia

No entanto, a Finlândia não é o único país a adotar esse tipo de postura em relação a questões laborais. Em 2015, a vizinha Suécia começou testes com a jornada diária de 6 horas diárias na cidade de Gotemburgo.

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Após a mudança, estudos mostraram que o nível de felicidade dos cidadãos cresceu exponencialmente em poucas semanas, mas em contrapartida, o governo acabou gastando mais recursos públicos.

Fora dos países escandinavos, a França também tenta uma reestruturação dos seus horários laborais. O país reduziu a jornada de trabalho oficial do país para 35 horas semanais, 4 horas a menos que o modelo antigo.

Além de governos, certos núcleos empresarias também apoiam as mudanças no regime de horas trabalhadas ao redor mundo.

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Em novembro de 2019, a Microsoft do Japão revelou um dado impressionante sobre o resultado da sua redução da jornada de trabalho. Segundo a empresa, a rotina de 4 dias de trabalho por semana aumentou a produtividade em 40%.

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Allan Gavioli

Estagiário de finanças do InfoMoney, totalmente apaixonado por tecnologia, inovação e comunicação.