Por e-mail, Elon Musk bane trabalho remoto no Twitter

Rede social teve metade de sua força de trabalho descontinuada após a chegada do bilionário à direção do negócio

Equipe InfoMoney

O bilionário Elon Musk
O bilionário Elon Musk

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O bilionário Elon Musk, novo proprietário do Twitter, encaminhou aos funcionários da rede social um e-mail nesta quarta-feira (9) para prepará-los para “tempos difíceis à frente”. No primeiro comunicado oficial aos colaboradores, o executivo também proibiu o trabalho remoto, medida que só será autorizada, daqui para frente, mediante autorização do próprio Musk para casos específicos.

O conteúdo da mensagem foi publicado pela Agência Bloomberg News, que diz ter tido acesso ao texto. Em outro trecho do e-mail, Musk teria escrito que não seria possível “adoçar a mensagem” porque as perspectivas econômicas à vista poderão afetar em cheio o Twitter, uma empresa altamente dependente de publicidade.

O fim do trabalho remoto, segundo Musk, passa a valer imediatamente após o envio do comunicado interno, com os funcionários presentes nos escritórios do Twitter por ao menos 40 horas por semana.

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“O caminho a seguir é árduo e exigirá trabalho intenso para ter sucesso”, escreveu Musk em sua carta aos funcionários.

Demissão em massa

Na semana passada, já sob a direção de Musk, o Twitter ingressou com um processo de demissão em massa, que atingiu funcionários de todas as partes do mundo. A informação dada foi de que as pessoas saberiam se ficariam na empresa ou não por meio de um aviso em suas contas pessoais de e-mail.

No Brasil, uma parte da equipe de 150 funcionários do Twitter recebeu um e-mail, na madrugada de sexta-feira (4), avisando que suas funções não são mais necessárias e tiveram seus computadores bloqueados, conforme informou o Valor Econômico.

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Tuítes de empregados da companhia de mídia social informavam que as equipes responsáveis por comunicação, curadoria de conteúdo, direitos humanos e ética de aprendizado por máquina estavam entre aquelas que tinham sido praticamente eliminadas, assim como algumas equipes de produtos e engenharia.

Musk justificou as demissões em post publicado na rede social afirmando que a companhia estava perdendo receita publicitária por causa de “ativistas”.

“O Twitter teve uma queda massiva em receita, devido aos grupos de ativistas fazendo pressão em anunciantes, mesmo que nada tenha mudado com moderação de conteúdo e que tenhamos feito tudo o que pudemos para apaziguar os ativistas. Totalmente zoado! Eles estão tentando destruir a liberdade de expressão nos Estados Unidos”, dizia o tuíte.

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O Twitter não divulgou o relatório financeiro do último trimestre – a empresa já estava em vias de finalizar a negociação com Musk -, mas, de acordo com a Reuters, a companhia estava operando em prejuízo, com uma perda diária de US$ 3 milhões “com todos os gastos e receitas considerados”, afirma a agência de notícias.

Uma mensagem no app Slack, usado para a comunicação interna dos funcionários, também afirmava que o plano de Musk é economizar cerca de US$ 1 bilhão em gastos de infraestrutura por ano.

Após as demissões, a empresa voltou atrás e passou a procurar parte dos atingidos pela medida para readmiti-los, também segundo a Bloomberg News. A alegação foi que grande parte dos desligamentos teriam ocorrido por engano.

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Primeiros atos de Musk

O primeiro ato de Musk como proprietário do Twitter foi demitir os principais executivos do alto escalão da companhia: o então presidente executivo, Parag Agrawal; o chefe financeiro, Ned Segal; e Vijaya Gadde, chefe do Departamento Jurídico, Políticas e Confiabilidade.

A negociação de ações do Twitter já está suspensa e não vai mais aparecer no pregão. A intenção de Musk é tornar o Twitter uma companhia privada, movimento incentivado pelo fundador da companhia, Jack Dorsey.

O Twitter também atualizou, no sábado (5), seu aplicativo na App Store da Apple, e começou a cobrar US$ 8 (R$ 40) pelas marcas azuis de verificação de identidade, na primeira grande revisão da plataforma de mídia social sob Musk.

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