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Após o resultado do Enem e as comemorações da entrada do filho na Faculdade, para muitas famílias é chegada a hora dele sair de casa. Esse processo natural, muitas vezes é acompanhado de momentos de grande insegurança por parte de pais e filhos.
Presencio todo ano muitas famílias perdidas, por falta de diálogo e por desconhecerem informações básicas quando o assunto é a mudança do filho para outra cidade.
Assim, alguns pontos merecem atenção e de preferência devem ser cuidados o quanto antes. Pais e filhos precisam conversar e planejarem o futuro, com isso essa transição será bem conduzida e vivenciada com mais tranquilidade.
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Cada família tem sua realidade econômica e essa questão precisa ser levada em conta na hora da escolha da escola e da cidade onde ela fica. Conversar sobre a viabilidade financeira para manter o filho na escola X ou Y auxiliará muito nas decisões. Essas conversas minimizam as frustrações principalmente por parte dos jovens, já que dentro do universo de possibilidades eles poderão traçar metas mais coerentes com as possibilidades da sua família.
Ao conhecer as opções das cidades para morar é importante fazer uma pesquisa prévia do custo de vida em cada uma delas. Esse levantamento é fundamental para escolhas mais assertivas em relação ao financeiro, à segurança e ao bem-estar.
Algumas perguntas auxiliarão você em relação às questões práticas:
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- O filho vai morar em república, pensão ou sozinho?
- Vai morar em um apartamento ou casa?
- Vai ter carro?
- A escola é particular? Qual o valor da matricula e da mensalidade?
- Vai precisar investir em material didático?
- A distância da faculdade permite que ele vá a pé, de ônibus, carro ou bicicleta?
- A faculdade oferece moradia a baixo custo?
- Existe possibilidade de bolsa ou de um trabalho dentro da universidade?
Após a fase de adaptação na nova cidade, a educação financeira recebida durante a infância e adolescência será a norteadora das decisões em relação à gestão do dinheiro e as despesas mensais. Nesse momento o planejamento deve ser enfatizado para que o orçamento mensal seja seguido e esse jovem não se endivide.
Pesquisas mostram que muitos universitários ingressam no círculo vicioso das dívidas, por descontrole excedem principalmente no uso do cartão de crédito.
O viver longe da família envolverá o cuidado integral por parte do jovem com sua rotina, saúde e a gestão do seu financeiro. É importante saber que essa independência aconteceu aos poucos e foi construída desde que ele aprendeu a falar, andar, se alimentar… Vale lembrar que antes dessa primeira oportunidade para morar sozinho que geralmente acontece quando ele ingressa da faculdade em outra cidade, os movimentos de independência já deveriam ter sido estimulados. Isso facilita o processo de transição.
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E como fica a insegurança de pais e filhos? O fundamental é saber que o “sair de casa” é um processo natural, assim os pais terão condições de passar segurança para seus filhos e vivenciarem essa nova etapa com mais tranquilidade.
Todo o aprendizado que o filho teve durante sua vida será colocado em prática quando ele precisar cuidar sozinho da sua vida. Aceitar que a independência é positiva e faz parte da vida já é um ótimo começo!
Abraço!