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O dinheiro tão presente na vida de todos não é algo com o qual temos intimidade. Sabemos muito pouco sobre as questões complexas que o envolve e na vida a dois esse desconhecimento pode acabar em brigas, distanciamento, ressentimentos e perdas financeiras.
Ainda não é hábito falar sobre finanças e essa dificuldade aumenta quando vivemos momentos delicados em relação ao uso do dinheiro nosso de cada dia!
Um fator que bloqueia a tentativa de diálogo é o medo de mudar as estruturas existentes e com isso comprometer o relacionamento: “Acho que não vou falar sobre a fatura do cartão de crédito que veio alta, pois isso pode estragar o clima bom que está aqui em casa,” pensamentos como esse são mais comuns do que pensamos, pois sair da zona de conforto é um passo difícil mesmo quando não nos sentimos tão confortáveis assim…
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Muitos casais optam pelo silêncio nas questões financeiras, entendendo que o não falar sobre os problemas é como se eles não existirem. Opção fantasiosa e perigosa, pois quando se vive esse tipo silêncio, construímos uma relação inexistente e superficial.
Outro ponto que merece atenção é ao estilo de vida. Em alguns casais esse aspecto é determinante no descontrole financeiro e pivô de muitas discussões. As experiências vividas na infância contribuem para formação de conceitos importantes em relação ao uso dinheiro e cada um tem seu modo de lidar com as finanças. A diversidade é importante e funciona quando há respeito e diálogo em busca de um denominador comum. Assim o chamado “controlador ou pão duro” pode conviver sem problemas com “gastador”;
E por fim vemos casais com rendas e objetivos de vida diferentes. O problema nesse caso não é a diferença salarial e sim a falta de diálogo, planejamento financeiro familiar e vontade de realizarem sonhos em comum.
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Não tenho a solução, até porque essa questão é comportamental e muito complexa para ser resolvida em algumas linhas. Entendo que o desafio de uma vida confortável a dois depende do esforço de ambos. Muitas vezes é preciso colocar os pés no chão e perceber que em muitos momentos idealizamos demais e acabamos assim aumentando o grau de exigência em relação a atitudes do parceiro, achando que é ele que deve mudar, resolver, investir, comprar, pagar, poupar…
Vivenciar o amor, a cumplicidade, o respeito e a sinceridade. As relações são dinâmicas e somos capazes de mudar para melhor quando quisermos. Entender nossos comportamentos, entender o(a) parceiro(a) e falar sobre as questões financeiras com leveza são resultado da vontade de que a relação dê certo. É preciso casar todos os dias! Pense nisso!