Publicidade
Na sessão de ontem, o Ibovespa veio com tudo! A tal festa da democracia acabou sendo refletida direto nos preços sem dar qualquer intervalo, pois ela foi marcada não só pela forte volatilidade logo após a abertura, mas também pelo fato do principal índice ter fechado mais de 4% de alta com um volume giro quase 15 Bilhões de Reais – níveis de vencimento de opções sobre o índice e contratos futuros.
A grande questão agora é identificar a capacidade técnica de o mercado respeitar os números de força bem como suas médias, para que as interpretações saiam de um ambiente de extrema especulação, como foi o caso de ontem, para uma análise de fluxo contínuo e tendência. Muito embora o índice tenha subido forte ontem, ainda há algumas questões técnicas e prioritárias na formação da boa configuração para que o mesmo otimismo mostrado ontem no intraday possa ser refletido em um conjunto maior de forças – o gráfico semanal.
Pelo gráfico diário, o Ibovespa seguiu em forte correção dentro de uma tendência de baixa. As forças atuantes pela análise técnica são tão fortes que mesmo num ambiente tão fora da curva com foi na sessão de ontem, o índice ainda ficou devendo o rompimento não só da LTB (linha de tendência de baixa) iniciada dia 03/09, bem como o rompimento da resistência e topo anterior nos 57.490 pontos.
Continua depois da publicidade
Legenda: Gráfico diário do Ibovespa
O sentimento é que o mercado imediatamente recuperou as expectativas, antes frustradas pelos resultados das pesquisas eleitorais divulgados ao final da sessão do dia 26/09 (sexta feira) refletida na segunda feira dia 29/09, quando o mercado perdeu o importante nível de suporte nos 56.000/55.240 pontos.
Periodicidades conflitantes
Continua depois da publicidade
Apesar de o gráfico diário estar em tendência de baixa, o semanal ainda mantém sua boa configuração apontada para o norte. Com um lindo fundo duplo, o índice vem de uma confirmação de suporte dada pelas retrações de 50% e 61,8%. Pela definição clássica, um fundo nesta região deverá retomar o quadro de alta prometendo os topos deixados pelos 62.300 e 63.400 pontos, conforme figura abaixo.
Legenda: Gráfico Semanal do Ibovespa
Como vem de um teste de uma importante LTB (linha de tendência de baixa) iniciada na semana no dia 05/11/2010, o índice agora tem totais condições de retomar suas forças para engajar numa configuração altista para romper 63.400 pontos através da sua simetria partindo para topo histórico do mercado, nos 73.920 pontos, no mínimo.
Continua depois da publicidade
Conclusão
Em meio a este ambiente de extrema volatilidade e giro forte no mercado intradiário, quem deverá sobreviver? A resposta é clara quando se trada exclusivamente da análise técnica. A sobrevida será direcionada aos disciplinados, pois quais quer que seja a informação passada pelos principais meios de comunicação ou através de pesquisas eleitorais, o gráfico deverá refletir absolutamente tudo sobre o mercado. Além da disciplina, destaco também a paciência, pois o imediatismo impede que uma boa disciplina se desenvolva.
Digo tudo isso, pois o mercado ainda precisa retomar sua tendência de alta no diário e a tal periodicidade conflitante ajuda imaginar dias melhores para o índice, mas o gráfico diário impede um bom e velho swing trade na compra até o momento. Na minha visão, o Ibovespa por ter deixado uma longa sombra para cima (representação de uma forte resistência), também precisa de alguns ajustes no diário para que possa deixar para trás a LTB (linha de tendência de baixa) iniciada no dia 03/09, bem como a forte resistência e topo anterior compreendida entre os 57.490 e 59.000 pontos.
Continua depois da publicidade
Com ou sem credibilidade, até o segundo turno, teremos novas pesquisas eleitorais, sendo elas clones ou não. Além disso, os candidatos à presidência deverão preparar toda sua artilharia para os debates, que estão por vir. Tudo isso é o que deverá ritmar o mercado no intraday, que por ora, deverá deixar um pouco de lado a movimentações do mercado internacional para refletir no preço o próximo ou a próxima presidente do Brasil.