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Embora “sustentabilidade” tenha se transformado na palavra da moda – e talvez por isso mesmo –, há uma grande confusão sobre esse conceito. A maior parte das pessoas acha que uma empresa é dita sustentável quando adota parques e praças e cuida do “verde” ou, no máximo, quando ela obedece as normas ambientais ou desenvolve posturas ecologicamente corretas. Claro que respeitar o meio ambiente e cuidar dele é uma atitude importantíssima e representa um requisito mínimo para se alcançar a sustentabilidade. Mas, ser uma empresa sustentável é muito mais do que plantar árvores, cuidar do verde e obedecer normas ambientais. Quero aproveitar o espaço deste blog para aprofundar mais o assunto e esclarecer um pouco desse entendimento equivocado.
Empresa sustentável é aquela concebida, ajustada e gerida para que seja perene, para que colabore com o desenvolvimento da sociedade em que está inserida e para que deixe uma contribuição positiva no progresso da humanidade. Para tanto, os seus empreendimentos não podem esgotar recursos e possibilidades ocasionalmente disponíveis sem que possam ser substituídos ou sucedidos por outros que garantam a continuidade dos objetivos permanentes da empresa, de seus colaboradores, de seus fornecedores, de seus acionistas e da sociedade em geral.Nesse sentido, crescimento sustentável ocorre com as empresas que, além alcançarem todos os objetivos e propósitos mencionados, também conseguem desenvolver-se e ampliar a escala de seus negócios e interesses.
Qualquer empresa concebida e operada para atuar segundo o modelo descrito no parágrafo anterior tem que garantir a consecução dos seguintes objetivos mínimos: 1) Contribuir para a defesa, proteção e melhoria do meio ambiente; 2) Criar um ambiente de trabalho saudável e estimulante para seus colaboradores, garantindo-lhes conforto e segurança e, sobretudo, possibilidades concretas de crescimento profissional e de aperfeiçoamento humano; 3) Utilizar racionalmente os insumos e os recursos naturais ou ambientais, evitando desperdícios, escassez precoce, superexplotação ou extinção futura; 4) Utilizar-se de tecnologias adequadas (as chamadas tecnologias doces) para minimizar os impactos ambientais, para otimizar insumos e recursos e para garantir nível superior de conforto e segurança às pessoas ou comunidades envolvidas; 5) Garantir relações estáveis e justas com os seus fornecedores, estimulando-lhes o desenvolvimento dos respectivos produtos ou serviços e propiciando-lhes segurança negocial; 6) Obter resultados satisfatórios para os acionistas, garantindo-lhes remuneração adequada e o interesse na continuidade da participação nos empreendimentos; 7) Adotar modelos participativos de governança, que priorizem a transparência das ações e a observância estrita dos procedimentos éticos e regulamentares; 8) Planejar a atuação empresarial de forma que o conjunto de seus empreendimentos seja socialmente ajustado e inclusivo; 9) Atuar de acordo com procedimentos que garantam absoluto respeito e atendimento satisfatório a toda a sua clientela, atual e futura, criando canais eficazes de comunicação e de compartilhamento mútuo de objetivos; e 10) Manter um nível elevado de competitividade, de forma a garantir a expansão permanente da empresa e a melhoria na sua posição como agente do desenvolvimento e do progresso das regiões e das sociedades envolvidas.
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Nós, da MRV Engenharia, temos esse modelo como propósito geral e nos orgulhamos do grande avanço que já alcançamos nessa direção. Pessoalmente, acredito que boa parte dos bons resultados que vimos alcançando já decorre da adoção dos princípios que abordei resumidamente nesse tópico. Afinal, é com esse sentido mais amplo que entendo o conceito de “empresa sustentável”.