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Você sabe o que significa dizer que o Brasil é um país subdesenvolvido? O principal significado é: quem vive em um país subdesenvolvido tem, em média, uma baixa renda e, consequentemente, acesso à educação, saúde e segurança de baixa qualidade.
Alguém que nasce no Brasil, se tiver um desempenho profissional médio, terá uma renda anual de cerca R$ 20 mil, mais ou menos R$ 1,6 por mês. Já alguém que nasce nos EUA, Japão ou norte europeu, e também tiver um desempenho profissional médio, terá uma renda anual de cerca de R$ 100 mil, mais ou menos R$ 8,3 por mês?
Por que essa diferença brutal no poder aquisitivo e consequentemente na qualidade de vida? A resposta é que os países desenvolvidos são capazes de produzir mais e melhores bens e serviços, gerando maior renda a seus cidadãos. Mas quando dizemos que os “países produzem”, estamos nos referindo a quem? Como todos os países desenvolvidos são sistemas capitalistas, quem produz são as empresas e os indivíduos. Trabalhadores em parceria com empresários. O Estado, que cobra impostos sobre a atividade econômica, tem a missão de organizar a sociedade, corrigir falhas e permitir que empresas e indivíduos produzam em todo seu potencial.
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Esses conceitos, além de desconhecidos entre brasileiros, são perturbadores. Em 2013 a população brasileira foi às ruas pedir por melhor educação, saúde, segurança e transporte público gratuito. A solicitação era que o Estado fornecesse melhores serviços públicos. Mas o Estado não produz quadros negros, livros, remédios, ônibus escolares ou metrôs. O Estado apenas compra materiais e contrata servidores públicos para fornecer serviços. E faz tudo isso com o dinheiro de impostos, que você leitor paga.
Uma das atribuições do Estado, se for eficiente em seu trabalho, é usar o dinheiro dos impostos da melhor maneira possível, o que se sabe é uma grande dificuldade em um país que opera com elevados níveis de corrupção. Ou seja, o Estado tem a capacidade de decidir como os impostos serão distribuídos e utilizados. Mas e quanto a aumentar a renda média de toda a população brasileira, passando dos R$ 20 mil anuais de hoje para R$ 100 mil anuais de um país desenvolvido? Para fazer isso, só há uma solução dentro do sistema em que vivemos: empresas e indivíduos tem que ser capazes de produzir mais bens e serviços.
E por que algo tão importante quanto a capacidade de produzir não é discutido no Brasil, sobretudo em época de eleições? Dos mais de 100 candidatos a todos os cargos que falam a cada propaganda eleitoral, uma minoria aborda a questão da produção. Pouquíssimos falam sobre a necessidade de facilitar o ambiente de negócios, tornar a vida do empreendedor mais fácil, desburocratizar, simplificar, reduzir impostos. Por que se fala tão pouco nisso se é algo tão importante?
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A resposta é que o Brasil é ainda um país confuso: parece não haver uma resposta precisa para a pergunta “como gerar riquezas”? Por meio de impostos? Por meio de distribuição de renda? São certamente questões muito importantes. Mas infelizmente não substituem a necessidade de um ambiente econômico e de negócios favorável à produção de bens e serviços. Enquanto não se tem uma reposta clara sobre “como gerar riquezas”, sobrevive uma mentalidade de que serviços de educação, saúde e segurança podem ser garantidos com briga por orçamento público. Assim, ficamos presos no complexo do “cobertor curto”: cobre-se aqui, descobre-se ali.
Essa percepção de que o país precisa de um ambiente favorável ao trabalho, passa a se tornar muito nítida para pessoas que abrem sua mente para o mundo dos negócios por meio da educação financeira. Ao passo que uma pessoa compreende o seu papel dentro de uma economia, ela se dá conta de vários mecanismos do sistema em que vivemos:
1) A qualificação profissional possibilita maiores salários porque o trabalhador se torna mais produtivo para as empresas, que oferecerão melhores salários a um profissional qualificado.
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2) Com trabalho, dedicação e empreendedorismo é possível construir patrimônio sem depender de benefícios do Estado.
3) O mercado financeiro possui diversas facilidades para que uma pessoa possa aumentar seu patrimônio, alcançando mais facilmente sua liberdade financeira, a conquista de sonhos materiais e uma aposentadoria tranquila.
4) Como a pessoa se torna uma investidora, ela mesma passa a pensar como um empresário, tendo que tomar decisões sobre onde investir seus recursos.
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5) Com um novo ponto de vista, a pessoa passa a perceber que o exagero de intervenção do Estado na cobrança de impostos ou burocracia desmotiva investidores a transformar seus recursos em investimentos produtivos. E isso prejudica o país como um todo.
Uma pessoa educada financeiramente se torna um grande multiplicador de desenvolvimento econômico. Sua atitude fica norteada pelo aumento de sua própria produtividade para aumentar sua renda, e também pelo aumento da produtividade dos recursos que acumulou. Essa pessoa, por exemplo, vai desejar investir seu dinheiro em empreendimentos que geram boa rentabilidade, ou seja, que geram considerável riqueza.