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O franchising no Brasil cresceu a taxas bem superiores ao PIB (Produto Interno Bruto), porém não podemos afirmar que é um setor totalmente maduro. Existe ainda um caminho a ser percorrido pelos empresários que atuam com o sistema. Por ser um mercado composto de diferentes segmentos e de perfis distintos de empresas em tamanho, localização e tipos de produtos e serviços que comercializam, existe uma complexidade maior nas análises de maturidade do setor.
Quanto à condução do processo de franquear o negócio, ou seja, de utilizar o sistema de franquias para expansão de suas marcas, a curva de aprendizado dos franqueadores, em alguns segmentos, ainda é pequena. Por outro lado, existem players no mercado que já se encontram em um estágio de maturidade elevada, em que a rede conta com franqueados engajados, rentabilizados e liderando mais de uma unidade.
Em relação à estrutura de gestão, esses players encontram-se num nível considerado de bom para ótimo, com políticas bem definidas e disseminadas em toda a rede. Além de ter um sistema de gestão informatizado e consultorias de campo que lhes permitem avaliar a performance das unidades franqueadas e implementar ações preventivas, o que é essencial no franchising.
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Atuar no franchising é desafiador. Os empresários que decidem por esse modelo de expansão devem ter uma visão clara de que terão que contar com o engajamento de seus franqueados, da mesma forma que estes devem contar com o apoio e suporte da franqueadora para que a unidade, sob seu comando, atinja os resultados projetados e que consigam obter retorno do capital investido.
Neste cenário, acreditamos que o mercado de franquias está em desenvolvimento: muitas empresas estão no período iniciante (menos de dois anos no sistema), uma parcela maior está em desenvolvimento e um grupo significativo já se encontra em um estágio maduro e rumo à consolidação.
Ainda temos muito espaço no Brasil para crescer com franquias. O sistema tem contribuído com o desenvolvimento do país e com a maior arrecadação de impostos. Pequenos negócios que atuavam no mercado informal, hoje estão atuando no franchising de forma estruturada. A consequência positiva é que alguns mercados se organizaram a partir do franchising, em especial os negócios de prestação de serviços, que geram conveniência para a população.
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O grande desafio do franchising brasileiro é a condição desses empresários de manter a rede competitiva e sobreviver face às intempéries do ambiente econômico do país e das políticas de nosso governo. O sistema cresceu e continuará crescendo, porém a sua consolidação vai depender de algumas trilhas ligadas à gestão, liderança e capacitação, que precisam ser percorridas por todos.
Lyana Bittencourt é especialista em franchising e sócia e diretora de Marketing e Desenvolvimento do Grupo BITTENCOURT.