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Não se assuste com o termo, ele é novo mas faz bastante sentido. No inglês a palavra indica um movimento novo chamado “makers”. Ou seja, a capacidade colocar a mão na massa e fazer coisas. Literalmente.
Nos EUA o termo ficou mais difundido a partir do conceito de web2.0, em que todos podem contribuir com a construção de uma ideia, de uma página ou de um conceito novo.
Agora o conceito foi transferido para as indústrias e criou uma nova categoria chamada de empreendedorismo industrial.
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Na prática, são estruturas fabris, com máquinas de corte, manipulação de materiais dos mais diversos – desde vidro, passando pelo metal ao plástico -, máquinas para modelagem de novos produtos, enfim, uma infinidade de ferramentas que ajudam a liberar projetos aprisionados nas cabeças de criadores sem recursos para as colocarem em prática.
E quem pode ter acesso a essa fábrica? Todos que tem interesse em produzir algo, sejam profissionais, estudantes ou apenas curiosos. Por meio de uma assinatura mensal, as pessoas passam a fazer parte de um “clube” que dá direito ao uso dos equipamentos.
Com isso, as ideias aprisionadas ganham liberdade e forma.
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Aqui no Brasil o movimento ainda é insipiente mas deve tomar corpo em breve. Mas enquanto essas estruturas não chegam por aqui, porque não investir em “makers” ou os fazedores internos nas companhias brasileiras?
Não estou sugerindo que as indústrias abram suas portas para a os “Professores Pardais” que são muitos num país tão empreendedor como o Brasil, mas sim, que ofereçam a possibilidade de desenvolvimento de novos produtos pelos seus próprios funcionários.
Imagine a quantidade de ideias e de novos sabores que um funcionário de uma rede de Fast Food pode ter para compor um novo sanduiche, ou mesmo um novo sabor de sorvete? E para a indústria de cosméticos, novas cores e aromas que podem dar certo se quem estiver envolvido com o negócio puder contribuir com suas ideias e principalmente executá-las? Indústrias de móveis podem se beneficiar de novos designers anônimos… Além disso, o acesso à etapa de produção pode dar uma dimensão ainda maior do negócio para quem está envolvido em suas áreas administrativas por exemplo. Também pode cortar custos de pesquisa e desenvolvimento de produtos, uma vez que cada vez mais os investimentos nessa linha do budget aumentam com a finalidade de se errar menos ao colocar um produto no mercado.
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À primeira vista, parece um pouco maluca a ideia, mas a onda maker já está fazendo seus movimentos mundo a fora, e quando chegar ao Brasil pode ser também uma forte contribuição para a inovação dos negócios.
Lyana Bittencourt é sócia e diretora de marketing e desenvolvimento do Grupo BITTENCOURT, consultoria especializada em desenvolvimento e gestão de redes de franquias e negócios.