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Começo com a qualificação de como se mede alta ou baixa na Bolsa, que é o índice de ações Ibovespa.
Esse índice é revisto em intervalos regulares, de forma a abandonar as ações menos representativas, ficando sempre com aquelas que melhor representam a movimentação no momento da revisão. E inclui a ponderação do peso com que são negociadas.
Ou seja, o Ibovespa acompanha as ações mais bem-sucedidas na visão dos investidores. Isso, por si só, logicamente, já daria ao índice uma trajetória de alta.
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Ainda assim, se vivêssemos num mundo em que as recessões fossem mais acentuadas do que as expansões, isso de alguma maneira estaria refletido neste índice.
O fato é que a natureza humana impulsiona sempre o mundo para um crescimento do bem-estar social, seja qual for a maneira com que ele seja medido.
Tradicionalmente, a expansão do PIB tem sido essa maneira de medir. Mas creio que, com o avanço da visão ESG, novas e melhores formas deverão ser encontradas. No mínimo, um “PIB aperfeiçoado”.
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Toda essa divagação para fundamentar que os investimentos em Bolsa, se razoavelmente escolhidos, tendem a ter um bom vetor de alta no longo prazo.
A razão do “se razoavelmente escolhidos” é apenas para pontuar que sempre haverá empresas que vão quebrar, desaparecer etc.
A pandemia que estamos vivendo é, na minha opinião, um momento de grande mudança na economia. Alguns setores sofrerão muito por um tempo, mas, se sobreviverem, poderão se recuperar; outros terão até expansão de atividade.
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Essas diferenças vão ficando mais claras à medida que nos acostumamos com o “novo normal”, porém ainda carregam muitas zonas cinzentas.
Portanto, a premissa “se razoavelmente escolhidas” deve um ser reforçada neste momento.
Importante também ter em vista que, em muitos setores que retornarão à normalidade mais cedo, o ambiente concorrencial deverá ser facilitado pelo desaparecimento de pequenas e médias empresas, o que facilitará o aumento do market share das outras.
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Lembro que a Bolsa tem menos de 400 empresas, em geral as maiores e melhores de suas áreas de atuação. A sobrevivência dessas é certamente muito mais provável do que a das companhias fechadas, no geral.
E bem-vindos aqueles que estão entrando agora no mundo da renda variável. Só um conselho: “Prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”.
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