O que é um consórcio?
Publicidade
No mundo ideal, a melhor forma de comprar um carro ou imóvel é investir para adquiri-lo à vista. Mas, para poupadores indisciplinados, que não têm dinheiro suficiente nem pressa para ter o bem, fazer um consórcio, uma invenção brasileira que mescla poupança, consumo e sorte pode ser mais vantajoso do que financiar. Existem consórcios de imóveis, de carros, de eletrônicos, de serviços (como cirurgia plástica e festa de casamento) e outros.
Como funciona o consórcio
Continua depois da publicidade
Ao fazer esse tipo de negócio, o participante, também chamados de cotistas, entra em um grupo, administrado por uma empresa, que se reúne com o objetivo de formar uma poupança. Os integrantes pagam parcelas mensais e, a cada mês, um deles é sorteado e recebe a chamada “carta de crédito” para adquirir o bem, normalmente um carro ou um imóvel. Importante ler os termos do contrato com atenção, pois eles detalham os seus direitos e deveres no consórcio. Nele estarão previstos também os valores a serem pagos e recebidos.
Contratação
Os consórcios têm um número mínimo e máximo limitado de participantes. Assim, se você deseja participar de um consórcio que já está operando, pode se encaixar em uma de três possibilidades:
Continua depois da publicidade
- Se houverem cotas disponíveis, é possível adquiri-las diretamente com a operadora do Consórcio;
Caso algum consorciado desista, ou seja, excluído do grupo, é possível adquirir a sua cota, chamada de cota de reposição, também com a operadora;
É possível adquirir a cota de um consorciado atual, assumindo integralmente seus direitos e obrigações. Esta compra é feita com o consorciado, mas precisa ser autorizada pela operadora.
Pagamentos
O pagamento é feito mensalmente, de acordo com as condições previstas no contrato. Ele é composto por:
– Fundo Comum: montante destinado à compra do bem é o que paga os contemplados todos os meses e varia em função do valor do bem e do tempo total do consórcio, além da quantidade de participantes;
– Taxa de administração: valor cobrado pela administradora para operar o consórcio;
– Seguro: o consórcio inclui um seguro de vida, que cobre as prestações a vencer, em caso de falecimento do consorciado;
– Fundo de reserva: adicional cobrado por algumas administradoras como garantia durante o consórcio. O fundo de reserva, se disponível, é devolvido aos participantes no final do consórcio.
Contemplação
Os pagamentos vão financiando a entrega daquele bem para os participantes, até que todos sejam contemplados que pode ser através de Lance ou Sorteio.
Continua depois da publicidade
- Sorteio – Periodicamente (pode ser semanal, mensal, etc.) a administradora do consórcio realiza sorteios para que alguns cotistas sejam contemplados.
Lance – Se não for sorteado, resta ao cotista dar um lance para receber o crédito. Para entender quem vence o lance é preciso ler o contrato do consórcio, pois há as mais diversas modalidades.
As 3 modalidades de lance
Lance livre: pode ser oferecido qualquer valor, entre um percentual mínimo e o valor total das parcelas restantes.
Lance fixo: a administradora determina um percentual fixo para o lance. Neste caso é muito comum que hajam empates! Assim, é contemplado quem tem o número da cota mais próximo ao número sorteado na assembleia.
Lance embutido: é uma maneira de usar parte da carta de crédito da própria cota como lance para a sua aquisição. O lance embutido realmente aumenta as chances de ser contemplado e diminui o montante recebido pelo cliente.
Vale a pena?
Antes de tudo, é importante entender que o consórcio não é um investimento, mas apenas um meio de conseguir comprar algo. É uma poupança coletiva que de tempos em tempos contempla um dos participantes com um valor para ser utilizado na aquisição do bem.
Continua depois da publicidade
Quem entra em um consórcio parcela um crédito que só terá acesso no futuro. Em termos de custo é mais barato um consórcio do que um financiamento, que te dá direito a comprar o bem de imediato. “O custo do consórcio é menor porque não há juros. Há somente a taxa de administração, mas que sem dúvida é menor do que o juro do financiamento” na simulação abaixo a prestação do consorcio ficou em R$ 584,99 reais, uma economia de R$ 612,87 reais em comparação ao financiamento.
Para simulação consideramos o valor de R$ 30.000,00 reais em 60 meses para ambos, Consórcio contra Financiamento de AUTO. Para simulação do consórcio consideramos as seguintes informações, o Fundo Comum (FC) corresponderá mensalmente 1,6667% do valor do bem, o que representa R$ 500. A Taxa de Administração (TA) de 15%, paga por mês é de 0,25%, ou seja, R$ 75. Fundo de Reserva (FR) o valor pago por mês de FR é de R$ 9,99, o que corresponde a uma taxa de 2% ou 0,0333% ao mês. Se somarmos os itens acima exceto seguro, pela variedade e por depender de negociação da administradora com a seguradora teremos o valor total da prestação: R$ 584,99.
Continua depois da publicidade
Para o financiamento de veículo foram calculadas com base no cálculo do CET taxa de juros de 2.763% ao mês e 38.69% ao ano, Tarifa de Cadastro de R$670,00, Tarifa de Avaliação de Bens de R$500,00, Registro de Contrato (varia conforme a região), IOF anual de 3.00% e IOF adicional de 0.38%. CET mensal 3.14% e CET anual 44.91% e prestação mensal de R$1.197,86. Os percentuais citados acima são meramente exemplificativos. Verifique os percentuais constantes no contrato que você está assinando, bem como todas as demais cláusulas.
Para valer a pena é preciso 2 características…
1- Não ter pressa – Se o consumidor quer trocar de carro daqui três anos, mas ainda não tem dinheiro suficiente para a aquisição, pode entrar no consórcio. Pode ser que ele seja contemplado na primeira parcela como na última. O ideal é esperar que o crédito saia na metade”. Assim, se o consórcio tiver 48 parcelas, por exemplo, o cotista deve esperar que seja contemplado mais ou menos até o 24º mês. O financiamento atende quem vai precisar do crédito já no momento presente.
2- Não ter disciplina para poupar sozinho – Se o consumidor não possuir dinheiro suficiente para comprar o bem, o melhor é poupar em algum investimento mais conservador, como a renda fixa para os juros trabalharem a favor e não contra, como ocorre em um financiamento”. Se o interessado não tem o dinheiro, mas também não tem disciplina para poupar, o consórcio poderá ser uma ótima opção para atingir o objetivo.
É possível quitar dívidas e utilizar o FGTS no consorcio?
A Lei dos Consórcios, que vigora desde 2009, permite a utilização da carta de crédito para quitação do financiamento feito para a compra de um bem em nome do consorciado. Considerando isso, assim que for contemplado, seja por lance ou sorteio, o consumidor pode usar o crédito para quitar o financiamento, desde que seja de um mesmo tipo de bem ou serviço do consórcio. Ou seja, uma carta de crédito de um automóvel não pode ser usada para quitar o financiamento de uma casa. O saldo de FGTS pode ser utilizado para liquidar saldo, oferecer lance, para complementação do crédito e amortização das parcelas do consórcio imobiliário.