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As turbulências no mercado financeiro pós Brexit fizeram a libra esterlina apresentar uma volatilidade maior que a do bitcoin no dia 5 de julho. Conforme reportado pelo portal Bloomberg, a volatilidade da libra medida nos 10 dias anteriores superou a da moeda digital por algumas horas. Segundo à matéria, isso reflete o maior interesse no bitcoin como uma potencial moeda porto seguro (safe haven currency).
Isso faz todo o sentido. Porque é justamente nos momentos de instabilidade do mercado financeiro, nos momentos de crise, que a criptomoeda acaba se destacando como uma opção óbvia para os investidores.
Por mais que tenha sido apenas um dia — ou breves momentos — em que o bitcoin foi menos volátil que a libra, isso é um feito extraordinário que não deve ser menosprezado. Estamos falando da libra esterlina, uma das poucas moedas de reserva mundial que, há cem anos, era a principal moeda do planeta. Por sinal, até meados dos anos 1950, a maior parte das reservas internacionais estava denominada em libra.
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O curioso desse episódio é notar que a libra apresentou maior volatilidade num momento de perda de confiança na moeda, naquele momento de incertezas por parte dos investidores, de insegurança quanto ao futuro da libra e sua relevância no mundo. Na crise, cai a confiança na libra. Na crise, sobe a confiança no bitcoin. E é nesse ponto que a volatilidade da libra ultrapassa a da moeda digital.
Como tenho dito há alguns anos já, a menor volatilidade — ou maior estabilidade — da cotação criptomoeda vem ocorrendo à medida que a adoção e os volumes de negociação aumentam. E isso está se materializando ano após ano. Mais uma façanha e um marco na curta vida do bitcoin.