Testamos: Jeep Commander, o SUV de sete lugares

Andamos no carro "tipo família" mais vendido neste ano no Brasil

Raphael Galante

Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

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Caros leitores, digníssimas leitoras,

Se você é do tipo que adota aquele preceito católico do “crescei e multiplicai-vos”, saiba que o setor automotivo ouviu suas preces. A cada ano que passa, ele vem aumentando a oferta de veículos de 7-8 lugares.

Ao longo dos últimos dez anos, a oferta/venda de veículos com capacidade de transporte de 7-8 lugares cresceu gradativamente.

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Atualmente, vendemos mais de 142% sobre o resultado de dez anos atrás. Como análise comparativa, o setor automotivo está vendendo -52% do que há dez anos.

Somente em 2022, em que a demanda por veículos de 7-8 lugares apresenta crescimento de 6%, o mercado registra perda acumulada de 13%.

Com média de vendas de quase 5 mil carros/mês neste ano, este será o melhor resultado deste tipo de produto nos últimos dez anos!

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E, quando falamos de carros com 7-8 lugares, não estamos nos referindo àqueles furgões/vans para transporte “comercial” de pessoas. Aqui, nos referimos apenas a veículos de uso doméstico.

E o lado positivo da indústria é ter percebido que existia um nicho a ser explorado!

A grande conquista foi a participação de mercado desse tipo de produto. Se há dez anos tal produto representava quase um “traço” na participação de mercado, neste ano, 3,5% de todos os carros vendidos deverão ser desse tipo.

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E aqui, existem carros para todos os bolsos, desde um GM/Spin até uma Volvo/XC90, por exemplo. São mais de 35 modelos de 20 montadoras diferentes vendidos neste ano.

Mas, apesar desta pulverização, somente quatro modelos correspondem por 85% das vendas:

E, assim, tivemos a grata surpresa quando notamos que o carro “tipo família” mais vendido neste ano – sendo o preferido entre 1 a cada 3 consumidores dessa categoria – é o recém-lançado Jeep Commander.

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Para um veículo que está completando um ano do seu lançamento, ele já chegou fazendo sucesso. E, aí, fomos atrás de entender melhor qual é a dele.

Para começar, a “brincadeira” gira por volta de R$ 240 mil a R$ 325 mil. Ou seja, varia conforme o seu bolso!

Como “nóis é metido a besta”, o nosso carro de teste foi a JEEP COMMANDER OVERLAND TD380 DIESEL AT9 4X4.

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(A gente percebe que um carro é “porreta” quando tem nome e vários sobrenomes. Coisa fina!)

Para quem (num passado não tão distante) se locomovia num “Gol batedeira”, ao andar no Commander, percebemos que estamos não num carro, mas num treminhão, de tão grande que o bicho é!

Ele tem quase 4,77 metros de comprimento. Como comparativo, o Renault Kwid é quase 1 metro e 10 centímetros menor.

O grande tesão do carro que testamos foi ser versão a diesel. Não tem a mesma potência da versão flex (170 cv contra 180 cv da flex), mas possui aquela brutalidade no torque (38,7 kgfm contra 27,5 kgfm da flex).

Mas e aí, como é a versão de sete lugares?

Meu, como o carro é grande, ele realmente é um carro de sete lugares. Não é igual uns e outros com aqueles conceitos “la garantia soy yo”. Dá para colocar o pessoal todo no carro e ir fazer farofa na praia, de boas.

Outra coisa interessante é que, mesmo com a configuração de sete lugares, ainda sobra um porta-malas razoável de 233 litros (o do Kwid é 290 litros). Com a configuração de cinco lugares, o tamanho do porta-malas salta para 661 litros (e, o melhor de tudo, se você baixar a segunda e terceira fileira de bancos, ele fica com uma capacidade de 1.760 litros – até já dá para fazer aqueles carretos de vez em quando!).

Outra atratividade do Commander é a questão dos itens de segurança que (em geral) vem nesse tipo (pelo preço) de veículos.

Ele é equipado com controle de cruzeiro adaptativo, alerta de colisão com frenagem automática, detecção de ponto cego e de tráfego cruzado, alerta de mudança de faixa, frenagem de emergência para pedestres, ciclistas ou motociclistas, detector de fadiga do motorista, reconhecimento de placas de velocidade, comutação automática de faróis e park assist.

E, se mesmo assim você for “muito braço”, o modelo oferece sete airbags de série em todas as versões: dois frontais, dois laterais, dois de cortina e um para o joelho do motorista.

Ou seja, para “dar ruim” no carro tem que ser ninja!

A maravilha de carros como o Commander é a tecnologia embarcada: tem o carregamento de celular por indução, sem a necessidade de cabo. Eles também colocaram cabo USB em todas as fileiras de banco, além de central multimidia de quase 11 polegadas.

E, para delírio geral, instalaram o sistema de som da Harman Kardon, com um monte de alto falantes, subwoofer e 450 Watts de potência. Então, dá para pegar o Commander e fazer um “pancadão” lá nas quebradas!

Ele é bom até mesmo para quem não tem uma família tão grande assim! Quando você brigar com seu cônjuge, é só colocá-lo(a) na última fileira de banco (“cantinho do castigo”, para refletir sobre que fez) e ir apreciando o carro!

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Raphael Galante

Economista, atua no setor automotivo há mais de 20 anos e é sócio da Oikonomia Consultoria Automotiva