Bancos na China, Bancos nos EUA e Bancos no Congresso

Evergrande, na China, volta a preocupar, enquanto a temporada de resultados nos EUA começa e discussões no congresso americano continuam.

Alexandre Aagesen

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Olhos voltam à China hoje. Tivemos uma “mini”-corrida bancária por lá (se é que essa coisa de “mini” existe pra corridas bancárias e/ou para China) no Banco de Cangzhou, um dos mais afetados pela Evergrande. Hoje vamos acompanhar outros bancos: Evergrande era grande (mas aparentemente não tão “ever”) suficiente para vários bancos. Imediatamente o Xi já anunciou U$ 108 bilhões (com “B” de “Bastantão”) pra liquidez do sistema financeiro. E ainda falando de bancos, vamos seguir acompanhando resultados do terceiro trimestre dos grandes bancos nos EUA. O leitor atento sabe que uso resultado de bancos como proxy da economia real. Se receita de juros e, principalmente, spreads bancários subirem, significa que há mais despesa financeira nas empresas. Se PDD e perdas efetivas estiverem subindo, significa mais inadimplência/dificuldades na economia real. Se você quiser acompanhar outros pontos sobre os resultados, a XP falou bastante disso no TOP 5 Temas Globais dessa semana. Vale conferir por .

E o Scalise durou menos que a alface da Liz Truss. Ele tinha sido indicado pela maioria dos republicanos, mas não todos, viu que não ia ter votos suficientes para assumir a casa, e decidiu retirar sua candidatura. Janeiro-feelings aqui (quando passaram 15 rodadas de votação até conseguirem um speaker). Jim Jordan volta a corrida. Outra disputa que segue sem definição, mas saiu completamente do noticiário, é a guerra na Ucrânia. Continua lá, como estava há 10 dias atrás. Claro que uma nova ofensiva inesperada acaba chamando mais atenção do que uma guerra que já se estende há quase 20 meses, natural, mas segue lá. E o Zelensky quer (precisa) que o ocidente volte a olhar pra lá com mais carinho. Já em Gaza/Israel, o tom subiu no fim de semana, com falas da Síria, Hezbollah, Irã, EUA, Hamas e, principalmente com a iminência de uma invasão terrestre por Israel.

Vale ainda acompanhar a subida recente do CDS brasileiro e o dólar devolvendo parte da força que ganhou recentemente. Juros curtos subiram de novo, a ponto de mostrar uma alta na reunião de junho, muito puxado por prêmio de risco mesmo (sexta teve pouca negociação). Lembrando que os vértices que têm mais liquidez são os com vencimento em janeiro (DI1F24, DI1F25…) e julho (DI1N24, DI1N25…). Por fim, se você esqueceu, ontem foi Dia dos Professores. Esqueça de fazer a lição de casa, esqueça de estudar pra prova, esqueça de entregar o trabalho, mas por favor, não esqueça de homenagear quem mais te ajudou a chegar até aqui: Professores fazem a diferença (e você sabe).

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Alexandre Aagesen

Com mais de 15 anos de mercado financeiro, é CFA Charterholder, autor do livro "Formação para Bancários", host do podcast "Mercado Aberto" e Investor na XP Investimentos