Mundo às avessas: quando o Brasil tem mais clareza que os EUA

Esqueça suas ideias pré-concebidas. Esqueça suas correlações técnicas históricas. Aqui é Brasil! É controle inflacionário, é ciclo de afrouxamento de política monetária e é ouro na ginástica artística! Cruzeiro do Sul é maior que Estrela Polar, pombas! Não é república de bananas, com déficit fiscal de 7% do PIB, sem presidente da Câmara, com dívida em 120% do PIB (e crescendo) e se envolvendo em guerras. Liz Truss foi uma visionária, que virou o mundo de cabeça pra baixo, e agora Emerging é Developed e vice-versa. Vai Brasil!

Juros curtos nos EUA subiram, mas os longos cederam. Os longos cederam, mas DXY subiu. DXY subiu, mas real subiu mais. Real subiu, mas foi com juros fechando. Sinto um arrepio, que não tem nada a ver com o Halloween que se aproxima. Num mundo às avessas, como será o Fomc semana que vem? Até nisso o Copom tem mais clareza: aqui é corte de 50 pontos. E com PCE e GDP ainda a serem divulgados essa semana, quem se arrisca a antecipar o Fomc? Ok, chance boa de skip de novo… a menos que não (e a chance de “não”, aumentou ontem).

Ainda nesta semana a gente deve saber quais são os nomes dos próximos diretores do BC, mas o Haddad já contou para o Campos Neto. Enquanto isso, Bitcoin não para de subir, oil não para de cair e ouro vem se recuperando. Seguimos acompanhando a Letônia brigando com a Rússia (não escalem isso não, letões. Vocês são Otan, bicho), Israel e Hamas escalando, tensão entre Armênia e Azerbaijão, Rússia e Ucrânia continuam em guerra, retórica de EUA e China… é, geopolítica importa (muito).

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