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Após operação nesta quarta (18), que realizou buscas e apreensões em endereços de pessoas ligadas ao senador Flávio Bolsonaro, a defesa busca no Supremo Tribunal Federal uma nova tentativa de suspender as investigações. Os argumentos, no entanto, precisam ir além do que já foi superado pelo tribunal, como a legalidade dos relatórios do antigo COAF que originaram a apuração.
Os advogados alegam que as provas que justificaram a operação foram obtidas de forma ilícita e pedem o trancamento da investigação contra o filho do presidente Jair Bolsonaro. Tanto o pedido no STF quanto o inquérito no Rio de Janeiro estão em sigilo. O relator é o ministro Gilmar Mendes, que recebeu o pedido ontem (18), no último dia antes do recesso do STF, por isso a decisão pode ser tomada pelo relator.
Os casos que ingressaram na Corte a partir da tarde de hoje (19) serão analisados pelo presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, no plantão. Tanto ele quanto Gilmar já concederam liminares favoráveis a teses da defesa de Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz, que foi assessor do senador quando era deputado na Assembleia do Rio. O inquérito ficou cerca de 6 meses suspenso por decisão do STF.
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Flávio e outros 96 alvos tiveram o sigilo bancário quebrado pela justiça por suspeita de lavagem de dinheiro e peculato (desvio de recurso público) por meio da chamada “rachadinha”. As investigações apuram a suspeita de que o filho do presidente Jair Bolsonaro tenha usado empresas e imóveis para lavar dinheiro desviado dos salários dos servidores do gabinete.